A cabeça chutada do cara caído doeu na terceira fileira, sucedendo o bico de tela grande na armita puxada na hora do sufoco. O sujeito tombou e Davi bateu o penal com sangue na língua, o tremelique do mané provocando uma piedadezinha de merda que durou pouco. O aço foi recolhido e jogado na Praia das Pelotas, a turba achando ruas paralelas e comendo poeira antes da batida dos canas. Eu sabia que aquele rosto inchado não esperaria muito tempo. Mas mesmo o Zé aqui não vislumbrava a rapidez e a superviolência da resposta. Foi no bar Taberna, 1994.
Lisandro encrespado com um boy levou uma varada bacana nas fuças e passou a desfilar pela cidade com a lupa na cara e a promessa nas veias. Qualquer novato nas manhas nativas apostaria na vingança seca e crua. A estupidez teria desfecho no local de seu início.
Sentamos todos a encarar a patota do outro lado, o alvo providencialmente sentado com as costas pra parede, olhos na traseira ainda não inventados. Ali, daquele modo, a parada não rolaria de jeito nenhum. Mas sabíamos que aquele bosta levantar-se-ia: ele teria que mijar, pelo menos. A mijada do coitado era a brecha da desforra.
Claro, claro...
Na levantada da mesa a rapaziada de lá fez a ronda e fechou os caminhos, era evidente a nossa manobra. Ainda assim, pelo espaço bacanudo e generoso, com relativa tranqüilidade contornamos parte das mesas. A única chance deles estava na obstrução de nossa caminhada, mas um confronto aberto como aquele seria o caos. Então, antes que uma nova garrafa de cerveja chegasse, Lisandro bateu os olhos no pobre a uma distância que inviabilizava a fuga ou a simples dispersão. Pois ééééééé.......
Acordamos todos - uns muito mais que os outros - saciados.
Bem, pelo menos até que 1995 escarrasse essa sacação toda.
**********************************************************
1995 foi um ano ruim e foi um grande ano. Verão do Laricão, Stones no Maraca, putarias; cocaína, desemprego, despirocações... Lembro-me de um rock no Caminho da Fonte, na casa de B.J., quando ele - com uma mãozinha da rapaziada - deu a partida prum grande evento cocaineiro e alcoólico. Com a viagem branca no pico e o conhaque no fim, partimos eu, S., o próprio B.J. e outro de que não me recordo agora em busca de destilados no Bar Real, do outro lado da ponte. Quando, na ida mesmo, passamos pela Feira Hippie e paramos pruma mijada coletiva entre as barracas fechadas do local, sacamos um carro encostando lentamente na lateral da praça. De lá saltaram dois policias civis mandando os ferros pra cima da turma: uma dura das boas, com revista geral e sacaneadas. Como nos identificamos corretamente e não estávamos portando nada de ilícito (o que aconteceria no retorno, pois), fomos liberados e seguimos adiante.
O resto do quebra-tudo? Nem te conto, rapá, nem te conto...
Lisandro encrespado com um boy levou uma varada bacana nas fuças e passou a desfilar pela cidade com a lupa na cara e a promessa nas veias. Qualquer novato nas manhas nativas apostaria na vingança seca e crua. A estupidez teria desfecho no local de seu início.
Sentamos todos a encarar a patota do outro lado, o alvo providencialmente sentado com as costas pra parede, olhos na traseira ainda não inventados. Ali, daquele modo, a parada não rolaria de jeito nenhum. Mas sabíamos que aquele bosta levantar-se-ia: ele teria que mijar, pelo menos. A mijada do coitado era a brecha da desforra.
Claro, claro...
Na levantada da mesa a rapaziada de lá fez a ronda e fechou os caminhos, era evidente a nossa manobra. Ainda assim, pelo espaço bacanudo e generoso, com relativa tranqüilidade contornamos parte das mesas. A única chance deles estava na obstrução de nossa caminhada, mas um confronto aberto como aquele seria o caos. Então, antes que uma nova garrafa de cerveja chegasse, Lisandro bateu os olhos no pobre a uma distância que inviabilizava a fuga ou a simples dispersão. Pois ééééééé.......
Acordamos todos - uns muito mais que os outros - saciados.
Bem, pelo menos até que 1995 escarrasse essa sacação toda.
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1995 foi um ano ruim e foi um grande ano. Verão do Laricão, Stones no Maraca, putarias; cocaína, desemprego, despirocações... Lembro-me de um rock no Caminho da Fonte, na casa de B.J., quando ele - com uma mãozinha da rapaziada - deu a partida prum grande evento cocaineiro e alcoólico. Com a viagem branca no pico e o conhaque no fim, partimos eu, S., o próprio B.J. e outro de que não me recordo agora em busca de destilados no Bar Real, do outro lado da ponte. Quando, na ida mesmo, passamos pela Feira Hippie e paramos pruma mijada coletiva entre as barracas fechadas do local, sacamos um carro encostando lentamente na lateral da praça. De lá saltaram dois policias civis mandando os ferros pra cima da turma: uma dura das boas, com revista geral e sacaneadas. Como nos identificamos corretamente e não estávamos portando nada de ilícito (o que aconteceria no retorno, pois), fomos liberados e seguimos adiante.
O resto do quebra-tudo? Nem te conto, rapá, nem te conto...
2 Comments:
vOluMe 4.2 em Pílulas rula!
heheheheh, boa
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