Um filme...
“Old Boy” é um dos filmes mais descaralhantes que já assisti. Uma visceral história de vingança onde os limites físicos e morais do ser humano são testados, violados e destroçados. Será que o diretor sul-coreano Park Chan-Wook poderia superar a si mesmo no seu novo longa-metragem, que encerra a “trilogia de vingança”? “Lady Vingança” é tão bom quanto “Old Boy”, na minha humilde opinião, ainda que seja menos violento e um tanto quanto mais sensível. Para quem se interessou por esta trilogia através das declarações de Quentin Tarantino, que afirmou ter sido influenciado por ela ao produzir “Kill Bill”, aí vai um esclarecimento: por mais divertida, sanguinária e qualitativa que possa ser a história da noiva vingativa do diretor de “Pulp Fiction”, o buraco em “Old Boy” e “Lady Vingança” é muito mais profundo, ainda que nem eu nem os pobres mortais brasileiros puderam assistir ao primeiro filme desta trilogia, pois o mesmo não fora lançado aqui. No filme recém lançado, segue a história de uma estudante de segundo grau que vai presa por ter sido condenada pelo assassinato a sangue-frio de um pobre garoto. A imagem de uma menina belíssima e com cara de inocente em contraste com o seu desejo por vingança (contra quem? Por favor, vejam o filme, pois não posso contar mais nada sob o risco de estragar uma das incontáveis surpresas e reviravoltas que a trama lhe conduz) indica uma falsa sensação de déja-vú tarantinesco. Em comparação com “Old Boy”, “Lady Vingança” oferece uma visão mais profunda do desejo de vingança justamente por estar sob a ótica feminina. As cenas fortes que exigem estômago forte estão lá. Mas a navalha vingativa é mais afiada e, por isso mesmo, não age de forma tão catártica como no filme anterior. Veja prendendo a respiração, pois os detalhes surgem a todo momento.
Um disco...
Don’t believe in the hype! O título/palavra de ordem desta clássica música do Public Enemy soa mais atual do que nunca, tendo em vista as inúmeras “salvações da lavoura” que surgem a todo momento na web. A cada hype que aparece, meu desconfiômetro dispara, fazendo com que eu – admito – adquira até mesmo um grau elevado de rabugice diante das novidades. Pois bem, fui ouvir por mero acaso e curiosidade, vencendo o bode inicial (e cada vez mais presente em mim) o disco “Néon Bibble”, do grupo canadense mega-ultra-hypado de outrora Arcade Fire. Entre todos os blá-blá-blás que a mídia disparou sobre a pretensa “obra-prima” que os caras quiseram perpetrar, aí vai uma constatação que alguém que ouviu o disco isento destas frescuras: “Néon Bibble” é um baita de um puta disco bom que remete ao bom rock gélido, belo, sombrio e amado pelos góticos dos finados anos 80! Péraí? Indie pagando de gótico?!? Na boa, o Árcade Fire (e seus fãs) nunca assumirá este tipo de influência, mas eu saquei paralelos entre o som deste disco de 2007 com Cure (fase “Pornography”), Echo & The Bunnymen, Smiths e até mesmo alguma coisa do Bauhaus do disco “Burning Inside”. “Néon Bibble” veio embalado com toda aquela pompa de ser uma “ópera rock” ou qualquer coisa que o valha, mas o que surge ali é um climão pra lá de sombrio e deprê vindo direto da matriz gótica oitentista. Obviamente, eles não admitirão isso. Por isso, aguardo com muita ansiedade o novo disco da dupla do She Wants Revenge (olha a vingança delas aí novamente, hehehe...), que assume (e copia!) na cara-dura o bom som gótico e sombrio da década retrasada.
“Old Boy” é um dos filmes mais descaralhantes que já assisti. Uma visceral história de vingança onde os limites físicos e morais do ser humano são testados, violados e destroçados. Será que o diretor sul-coreano Park Chan-Wook poderia superar a si mesmo no seu novo longa-metragem, que encerra a “trilogia de vingança”? “Lady Vingança” é tão bom quanto “Old Boy”, na minha humilde opinião, ainda que seja menos violento e um tanto quanto mais sensível. Para quem se interessou por esta trilogia através das declarações de Quentin Tarantino, que afirmou ter sido influenciado por ela ao produzir “Kill Bill”, aí vai um esclarecimento: por mais divertida, sanguinária e qualitativa que possa ser a história da noiva vingativa do diretor de “Pulp Fiction”, o buraco em “Old Boy” e “Lady Vingança” é muito mais profundo, ainda que nem eu nem os pobres mortais brasileiros puderam assistir ao primeiro filme desta trilogia, pois o mesmo não fora lançado aqui. No filme recém lançado, segue a história de uma estudante de segundo grau que vai presa por ter sido condenada pelo assassinato a sangue-frio de um pobre garoto. A imagem de uma menina belíssima e com cara de inocente em contraste com o seu desejo por vingança (contra quem? Por favor, vejam o filme, pois não posso contar mais nada sob o risco de estragar uma das incontáveis surpresas e reviravoltas que a trama lhe conduz) indica uma falsa sensação de déja-vú tarantinesco. Em comparação com “Old Boy”, “Lady Vingança” oferece uma visão mais profunda do desejo de vingança justamente por estar sob a ótica feminina. As cenas fortes que exigem estômago forte estão lá. Mas a navalha vingativa é mais afiada e, por isso mesmo, não age de forma tão catártica como no filme anterior. Veja prendendo a respiração, pois os detalhes surgem a todo momento.
Um disco...
Don’t believe in the hype! O título/palavra de ordem desta clássica música do Public Enemy soa mais atual do que nunca, tendo em vista as inúmeras “salvações da lavoura” que surgem a todo momento na web. A cada hype que aparece, meu desconfiômetro dispara, fazendo com que eu – admito – adquira até mesmo um grau elevado de rabugice diante das novidades. Pois bem, fui ouvir por mero acaso e curiosidade, vencendo o bode inicial (e cada vez mais presente em mim) o disco “Néon Bibble”, do grupo canadense mega-ultra-hypado de outrora Arcade Fire. Entre todos os blá-blá-blás que a mídia disparou sobre a pretensa “obra-prima” que os caras quiseram perpetrar, aí vai uma constatação que alguém que ouviu o disco isento destas frescuras: “Néon Bibble” é um baita de um puta disco bom que remete ao bom rock gélido, belo, sombrio e amado pelos góticos dos finados anos 80! Péraí? Indie pagando de gótico?!? Na boa, o Árcade Fire (e seus fãs) nunca assumirá este tipo de influência, mas eu saquei paralelos entre o som deste disco de 2007 com Cure (fase “Pornography”), Echo & The Bunnymen, Smiths e até mesmo alguma coisa do Bauhaus do disco “Burning Inside”. “Néon Bibble” veio embalado com toda aquela pompa de ser uma “ópera rock” ou qualquer coisa que o valha, mas o que surge ali é um climão pra lá de sombrio e deprê vindo direto da matriz gótica oitentista. Obviamente, eles não admitirão isso. Por isso, aguardo com muita ansiedade o novo disco da dupla do She Wants Revenge (olha a vingança delas aí novamente, hehehe...), que assume (e copia!) na cara-dura o bom som gótico e sombrio da década retrasada.
5 Comments:
postei sem revisar o texto, mas agora já foi...fucking lan house!
belo post, belo texto, como sempre!
seu cavalo!!!
heheheheh.
esse pra mim é o disco do ano até o momento. FODARASSO!
Ahahahahah, a cada semana o bonna tem um disco do ano.
Texto foda como sempre. Eu sei como é essa vida de lan house. Kalunga, também odeio os hypes de merda e concordo com você: temos que parar para ouver, ler, ver, etc... mesmo sendo uma merda.
o ano é grande... tem de renovar, senão cansa! ehehe
no momento o disco do ano já é o novo do Parts & Labor
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