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    domingo, julho 15, 2007

    Smetak tak tak tak tak...


    "Smetak, Smetak e Musak e Razão"

    Anton Walter Smetak, suíço de nascimento (Zurique, 12 de fevereiro de 1913) e baiano de escolha (morreu em Salvador no dia 30 de maio de 1984), foi um músico excepcional e influenciou uma geração de ídolos nacionais como Gilberto Gil, Caetano Veloso e o genial percussionista Djalma Correia, que tocava de contrabaixo acústico a batuque em penico de metal (em uma ocasião escrevo sobre ele também).

    De dedicação, inicialmente, à música clássica, Smetak chegou ao Brasil em 1937, por conta de um grande caô, que já-já esclarecerei, e logo se apaixonou pela comida, pela percussão e pelas negras, sobretudo as da Bahia. Mas o importante é definir o seu som: inviável. Ele entrou naquela onda de pesquisa atonal, microtonal e piração nos ruídos.

    O bacana é que ele também foi compositor, escritor, escultor e principalmente, construtor de instrumentos musicais, tipo aqueles artista renascentista. Foi na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, onde lecionou, que ele fundiu vários elementos eruditos com manifestações populares, desde ritmos e timbres a ambientações (feiras, ladainhas, rodas de capoeiras, etc...), incrementando o ruído como uma ferramenta sonora. Ele acreditava que nem todo som precisava ser música. E foi com esse princípio que seguiu em sua jornada de pesquisa e confecção artesanal de seus instrumentos, que, acima de tudo, são verdadeiras obras de arte inseridas num suspiro filosófico. Os instrumentos são lindaços.

    História

    Filho de checos, Smetak desde cedo teve contato com a música. Seu pai era tocador de cítara e foi seu primeiro professor. Embora desejasse tocar piano, um acidente que tirou a coordenação de sua mão direita fez com que estudasse violoncelo. Formou-se no Mozarteum de Salzburg e tornou-se concertista em 1934 no Conservatório de Viena, junto a Pablo Casals.

    Contratado por uma Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, que ele só descobriu que não existia após sua chegada ao Brasil, em 1937, passou a viver em São Paulo e no Rio de Janeiro, tocando em festas, cassinos e orquestras de rádio. Nesse período, acompanhou cantores em gravações e chegou a tocar com Carmem Miranda.

    Ele se mudou para Salvador apenas em 1957, quando foi chamado pelo maestro e compositor alemão Hans Joachim Koellreuter, para ser pesquisador e professor da cadeira “som e acústica” da UFBA. Foi quando conheceu a teosofia e passou a realizar pesquisas sonoras. Construiu uma oficina onde criava instrumentos musicais com tubos de PVC, cabaças, isopor e outros materiais pouco usuais. Alguns dos instrumentos não têm utilidade puramente musical. São esculturas influenciadas por sua forma mística de encarar a música e as estruturas.

    Ao longo de sua permanência na universidade, o músico construiu cerca de 150 instrumentos, os quais chamou de "plásticas sonoras". Além disso atuou como violoncelista na Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia e também foi escultor e escritor. Participou em 1967 da I Bienal de Artes Plásticas de Salvador e escreveu mais de 30 livros e três peças teatrais.

    A partir de 1969, a sua oficina passou a ser freqüentada por Gilberto Gil – que além de aluno passou a ser seu amigo -, Rogério Duarte e Tuzé de Abreu, Gereba, Djalma Correia e Marco Antônio Guimarães. Para executar seus instrumentos, a maioria de execução coletiva, criou, com os alunos da universidade, o "Grupo de Mendigos", que realizou apresentações na Bahia e em São Paulo. Smetak acreditava que a música microtonal era superior à tonal e construiu ou adaptou muitos instrumentos para a execução desse tipo de música. Para muitos teóricos, essa é a sua maior contribuição para a história da música brasileira, e, quem sabe, mundial. Faleceu no dia 30 de maio de 1984, em Salvador. Suas "plásticas sonoras" encontram-se em exposição na Biblioteca Reitor Macedo Costa, no Campus de Ondina, Salvador.

    O escritor Augusto de Campos lembra que Smetak é um ano mais novo que o músico, também experimentalista, norte-americano John Milton Cage. E lamenta que seu primeiro disco (Philips 6349-110) só veio a ser gravado em 1974, produzido por Roberto Santana e Caetano Veloso e montado por Caê e Gil, o LP recebeu um tratamento excepcional até no seu aspecto gráfico, com a bela capa dupla que teve orientação visual de Rogério Duarte. “Não fora o apoio dos baianos, provavelmente Smetak seria até hoje ignorado”, afirma Campos em seu texto “Smetak para quem souber”, que denuncia a falta de memória e de atenção que damos à arte brasileira.

    Discografia

    "Smetak (1975), com produção de Caetano Veloso e Roberto Santana

    "Interregno" (1980), com o conjunto Microtons

    Fontes:

    http://old.gilbertogil.com.br/smetak/taktak1.htm

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Anton_Walter_Smetak

    posted by Mentor at 11:47 AM

    1 Comments:

    Blogger TCo said...

    não me admira a pequena discografia...

    como que grava um louco desses???

    tem música que serve apenas para o ar e para os tímpanos. este aí parece fazer deste tipo.

    belo post! inspirador!!!

    8:03 PM, julho 15, 2007  

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