Da folha de Sao Paulo
Por muito menos, eles já foram chamados de vendidos à indústria da música, comprados pelo pop, acusados de voltarem as costas ao metal. Em 1996, o grupo lançou o disco "Load", que foi visto como o fim da banda pelos mais radicais. Pois nem os mais tolerantes podiam esperar que o Metallica gravasse, no final do ano passado, um disco antimetal.
Nada de guitarras distorcidas, bateria enlouquecida e gritos lancinantes. Gravado em estilo acústico, leve e descontraído, o "Bridge School Benefit" soa divertido como um luau entre amigos.
Ao vivo, gravado no tradicional show beneficente da Califórnia que dá nome ao álbum, o disco está sendo vendido pela internet e em formato digital - uma ironia do grupo que mais brigou contra o Napster, primeiro programa a fazer sucesso na distribuição de MP3 pela web.
"Disposable heroes", "All within my hands" e a já leve "Nothing else matters" ganham versões que podem confundir e frustrar alguns dos roqueiros que já acompanham a banda, mas a impressão geral é a de que o próprio grupo parou por alguns momentos de se levar a sério para brincar no palco, se divertir.
Ah, e não se pode esquecer dos covers que marcam o álbum. Depois de regravar Black Sabbath, Thin Lizzy, Mercyful Fate e outros clássicos do metal, o "Bridge School" também traz regravações de músicas famosas. Que tal ver James Hetfield entoando "Only happy when it rains", do Garbage?
E, além dela, há outra que pode fazer os metaleiros agonizarem: "Brothers in arms". O Metallica gravou uma versão ainda mais lenta e leve de que a original, do Dire Straits. E mais: Nazareth e Rare Earth, além da já tradicional "Turn the page", de Bob Seger.
É uma ironia ver o grupo de pós-adolescentes radicais e cabeludos que revolucionaram o rock pesado com o trash dos anos 80 se tornar esse conjunto de coroas, pais de família que ainda vivem da música, mas mostram que as loucuras da juventude não consumiram seus cérebros, capazes de conhecer novidades, mudar, se adaptar e se divertir com tudo isso.
Nem confusos nem frustrados, os fãs, mesmo os mais metaleiros, têm que deixar de lado o fundamentalismo da religião heavy, relaxar e simplesmente se divertir.
Set List:
01. I Just Want To Celebrate (Rare Earth Cover)
02. Please Don’t Judas Me (Nazareth Cover)
03. Only Happy When It Rains (Garbage Cover)
04. Brothers In Arms (Dire Straits Cover)
05. Disposable Heroes
06. All Within My Hands
07. Turn the Page (Bob Seger Cover)
08. Nothing Else Matters
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Por muito menos, eles já foram chamados de vendidos à indústria da música, comprados pelo pop, acusados de voltarem as costas ao metal. Em 1996, o grupo lançou o disco "Load", que foi visto como o fim da banda pelos mais radicais. Pois nem os mais tolerantes podiam esperar que o Metallica gravasse, no final do ano passado, um disco antimetal.
Nada de guitarras distorcidas, bateria enlouquecida e gritos lancinantes. Gravado em estilo acústico, leve e descontraído, o "Bridge School Benefit" soa divertido como um luau entre amigos.
Ao vivo, gravado no tradicional show beneficente da Califórnia que dá nome ao álbum, o disco está sendo vendido pela internet e em formato digital - uma ironia do grupo que mais brigou contra o Napster, primeiro programa a fazer sucesso na distribuição de MP3 pela web.
"Disposable heroes", "All within my hands" e a já leve "Nothing else matters" ganham versões que podem confundir e frustrar alguns dos roqueiros que já acompanham a banda, mas a impressão geral é a de que o próprio grupo parou por alguns momentos de se levar a sério para brincar no palco, se divertir.
Ah, e não se pode esquecer dos covers que marcam o álbum. Depois de regravar Black Sabbath, Thin Lizzy, Mercyful Fate e outros clássicos do metal, o "Bridge School" também traz regravações de músicas famosas. Que tal ver James Hetfield entoando "Only happy when it rains", do Garbage?
E, além dela, há outra que pode fazer os metaleiros agonizarem: "Brothers in arms". O Metallica gravou uma versão ainda mais lenta e leve de que a original, do Dire Straits. E mais: Nazareth e Rare Earth, além da já tradicional "Turn the page", de Bob Seger.
É uma ironia ver o grupo de pós-adolescentes radicais e cabeludos que revolucionaram o rock pesado com o trash dos anos 80 se tornar esse conjunto de coroas, pais de família que ainda vivem da música, mas mostram que as loucuras da juventude não consumiram seus cérebros, capazes de conhecer novidades, mudar, se adaptar e se divertir com tudo isso.
Nem confusos nem frustrados, os fãs, mesmo os mais metaleiros, têm que deixar de lado o fundamentalismo da religião heavy, relaxar e simplesmente se divertir.
Set List:
01. I Just Want To Celebrate (Rare Earth Cover)
02. Please Don’t Judas Me (Nazareth Cover)
03. Only Happy When It Rains (Garbage Cover)
04. Brothers In Arms (Dire Straits Cover)
05. Disposable Heroes
06. All Within My Hands
07. Turn the Page (Bob Seger Cover)
08. Nothing Else Matters
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3 Comments:
"...O Metallica gravou uma versão ainda mais lenta e leve de que a original, do Dire Straits..."
bom este cara não deve conhecer a original do dirão, pois de leve ela não tem nada(peso não é = a distorção) música que foi concebida pelo opressor é densa, tensa e soturna!! um manifesto que trata dos horrores da guerra ao mesmo tempo que clama pela paz!!
fora este senão e a repetição do termo "metaleiro" no texto (termo de muito mu gosto, inclusive) nadegas a declarar.
Ramone Vader
bom, trata-se de um disco beneficente, e a notícia se dá como se fossed o famigerado "disco novo" da banda - que ainda não saiu.
cover por cover, prefiro o disco "Cover Up", do Ministry, que saiu recentemente, com versões de Deep Purple, Mountain, T Rex, The Doors, Rolling Stones, ZZ Top...
De longe, o maior e melhor disco do "metálica".
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