Irmãos, coragem
Após dez anos, Iggor e Max Cavalera se encontram cara a cara pela primeira vez. Mais do que lavar roupa suja – e velha –, os irmãos começam a armar um plano musical “para a destruição total da Terra”: juntos, como eles fizeram com o Sepultura, que agora não lhes diz mais respeito
Por Endrigo Chiri Braz // Fotos Laima Leyton
No começo da década de 1980, em Belo Horizonte, quando Vânia Cavalera via os filhos Igor e Maximiliano, por volta de 12 anos, confabulando sobre a criação de uma banda de heavy metal, não poderia imaginar que o plano um dia separaria os dois. Aconteceu. Em 1996, por conta de desentendimentos com a empresária do Sepultura, Glória, também mulher de Max, o frontman foi afastado do primeiro grupo de rock brasileiro a conquistar o mundo. Daí em diante, tudo que Vânia mais quis nesta vida era ouvir o seguinte diálogo:
– Max, vou dar um pulo aí, quando acabar sua turnê, pra gente trocar umas idéias... independente do lance de banda, só de um lado pessoal, de família mesmo, certo?
– Olha só, vou ter uma semana de folga e vou fazer um show em Phoenix, então vai ser perfeito. Você pode vir e ficar junto, que acha?
– Beleza! De repente até vou ver o show...
– Participa do show, faz um som, pô.
Porém, para felicidade geral de Vânia e de toda a nação metaleira, depois de dez anos de agonia e ansiedade, este encontro finalmente aconteceu, mês passado, nos Estados Unidos. A seguir, Iggor conta com exclusividade para a Trip como foi dividir o palco novamente com Max, no deserto do Phoenix – bem longe da imprensa.
Como rolou sua visita ao Max?
Tudo meio que conspirou. A idéia inicial era ir trocar umas idéias com meu irmão. A gente vinha se falando bastante por telefone, eu já de saco cheio da banda há um tempo, queria fazer coisas novas. Aí decidi sair da banda, liguei para o meu irmão e disse que queria ir. Depois ele me ligou dizendo para participar do show... Se eu tivesse ido só para trocar idéia, ninguém ficaria sabendo. O fato de termos subido juntos no palco, dez anos depois, virou um pandemônio!
Sem terem divulgado para ninguém...
Até achei que pudesse escapar, já que o Max estava fazendo shows, mas ele também manteve segredo. Tanto é que muita gente não estava acreditando, os moleques diziam: “Olha lá quem está no palco!”. Piraram! Nessa idéia, uma pessoa que me ajudou bastante foi o Turco Loco, que me dá uns toques num monte de coisa. Ele falou: “Para você continuar suas coisas, precisa sentar com o seu irmão e colocar tudo em pratos limpos”. Um conselho que veio numa época em que eu estava desencanado de tudo, queria ficar uns anos com a minha família. Aí o Turco me deu essa luz e fui. E o legal é que essa viagem jogou uma gasolina na fogueira da vontade de tocar, de falar “dá para fazer um lance legal”. Comecei a conversar com meu irmão a respeito de criar juntos, o que gerou um lado de a gente trocar uma idéia um pouco mais profissional. E o Turco Loco achava que eu deveria registrar o encontro de alguma forma: “Muita gente ia pirar muito de ver isso de algum jeito numa revista”. Aí minha namorada, a Laima, foi comigo e pedi para ela fazer as fotos. E a gente ficou com esse registro para a usar do jeito que a gente quisesse, sem ter vínculo com ninguém. Uma coisa nossa, que eu acho interessante não só para os fãs mas para as pessoas em geral, que fazem parte dessa história.
Leia a entrevista completa na Revista
TRIP
8 Comments:
Rapaz... será que o cara é "brima"??? ;)
pode ser, que eu saiba todo turco e meio louco mesmo.
Podia cair um avião com os dois dentro.
A música só ganharia com isso.
Caras: conversamdo com Andreas por meros 2 minutos eu pude ver a verdade. E a verdade é: estes 2 cavaleras são uns mercenários do caralho. Mas o Sepultura "é" eles, portanto...
Andreas, gente finíssima e grande artista, merece coisa melhor.
Mas se Max e Igor gravarem algo juntos eu compro, escravo da mídia que sou.
HAHAHA!!! Se o turco é louco, imagina o libanês!!!
o iggor é o irmão paga pau mais novo.
já o andreas e o negão...
É uma otima noticia isso, apesar de termos que esquecer do bom e velho chaos A.d, arise, entre outros acho que a idéia dos dois se juntrem pode sair uma coisa muito boa, o jeito é esperar para ver o que dá.
Acho agora que depois que saiu os dois propulsores do sepultura a banda deveria acabar logo, pois nao sei e nem quero saber de mais nada da banda desde o roots.
O show foi foda. E, se o Paulo é integrante original da banda, e se algum registro foi feito TAMBÉM com o nome dele (coisa de que duvido, lesado que o sujeito é), os irmão cabeleira vão se foder.
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