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    sexta-feira, novembro 10, 2006

    Em meados de 1992 a grande rebordosa foi bater em uma rua sem muito charme de Muquiçaba. Era rara a travessia da ponte para a busca de algum rock que não rolasse na Praia do Morro. Por razões ainda desconhecidas, o ajuntamento de cabeças calhou de acontecer em redor de um bar de estranho nome - "Trucks" -, ponto dos novos pagodeiros que já infestavam a cidade. Mas que diabo levava a turma roqueira a reunir-se em um local que primava pela badalação mauriçola? Resposta fácil quando falamos de Guarapari: a orfandade causada pela ausência de um mísero bar que a abrigasse sem reservas. A opção era, pois, fechar os ouvidos para a baba que vinha do boteco dos pandeiros e tratar de, pelo comportamento singular, fazer daquele espaço o templo do momento. Levando em consideração que a rua comprida e lotada dava ao nosso bando a possibilidade de permanecer afastado do epicentro da titica, metade da batalha estava vencida. Como abrir mão de uma festa como aquela, toda a cidade que parecia importar ali, jogando tudo para o alto, esperneando, esporrando, deixando as tripas pelo chão em meio a uma única poça de vômito? Como esquecer a quase merda de uma arma apontada para a cabeça de Zan Zan, reação despirocada de um policial civil a uma despirocação quase comum do irmão-mor? E o brô Chileno (apesar da nacionalidade argentina) a quebrar em um rasgo de emputecimento o vidro de um balcão de bar, os policiais militares a ameaçá-lo com a prisão imediata e a minha intervenção - de sucesso - pós-formatura de advogado fuleiro? E as garrafas de cerveja formando uma impressionante fila junto ao muro de uma das sofridas casas da vizinhança, os berros incontidos e os versos incompreensíveis de uma canção doorsniana ("like a butterfly...", lembra, Zan?)? E as trepadinhas com as bundas esfoladas pelos chapiscos, os carros ziguezagueando distantes das carteiras de habilitação, a ida para lá com o sorriso no peito e na face pela certeza daquele encontro inesperado? Engraçado percebermos hoje que pensávamos aquelas passagens como a glória em mãos, o topo alcançado sem concorrências visíveis. Em verdade estávamos certos, aquele era o cume, e em nossa urgência porralouquenta nada apontava para uma espera, para um acúmulo de energias objetivando os anos vindouros - porque certamente não vislumbrávamos sequer um pedacinho de futuro, o agora-já mesmo-me dá essa porra aqui-quero tudo neste instante exigia que gastássemos sem piedade todo o gás disponível. Excitações nas madrugadas vaporosas do néon carnudo. Sem legendas, por favor.

    posted by caio at 12:31 PM

    2 Comments:

    Blogger Robson Calefi said...

    a leitura desse post foi um verdadeiro deleite! Valeu Caio :D

    6:14 PM, novembro 13, 2006  
    Blogger inutilia sapiens said...

    argentino chileno, chileno argentino, povo louco nessa época, freqüentei muito esse lugar!
    remember rula!

    2:54 PM, novembro 16, 2006  

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