TIM FESTIVAL, retrospecto de um leigo
Respondendo ao Kalunga, esperava que meus colegas mais entendidos do recado comentassem primeiro. Lá encontrei Caio, Mentor e TCO. O último depois também esteve presente numa discotecagem cheia de música "burra" dos anos 80 e 90. Foi primordial para limpar os ouvidos de tanta música "cult" e nos empanturrarmos de cerveja e dançar sem medo de ser feliz!
Pelos dados que sei, na reta final os ingressos se esgotaram, o que me deixa feliz por prováveis novas edições em nosso estado. Realmente algo para se situar na nossa história cultural.
Yamandu Costa
Com uma formação que além dele ao violão, tinha um violino e um baixo, fez um show irretocável. Ouvi testemunhos de gente que iria desistir do violão. O gaúcho apresentou um repertório completamente novo de um disco que só lançará em 2007. Como sempre faz, "explica" os títulos de suas canções instrumentais com base em literatura brasileira. É notório que consegue criar incríveis ambientações para textos que encontram-se esquecidos nas prateleiras a espera de basicamente pré-vestibulandos.
Herbie Hancock
O mestre dos teclados deu susto em muita gente com sua primeira música quase-Kenny G, que ao final ele mesmo safamente explicou ser a mais "soft and sweet" do show. Não identifiquei por título as faixas seguintes, mas a segunda teve uma pegada bem interessante e pesada, principalmente da baterista (mulher) que desceu o sarrafo. Daí pra frente foi um pouco monótono e arrancou palmas que pareciam mais por obrigação do que satisfação. O homem tem muitos e muitos discos e quis mostrar um pouco de cada faceta no show, nada mais comum, mas muitos queriam ouvir apenas os clássicos cheios de groove. "Cantaloop Island" trouxe enfim a satisfação de todos presentes, alguns cantavam a linha de saxofone, outras cantavam a letra que o US3 inseriu sobre o sampler. Mas era tarde, era o fim. Muita gente se retirou sem sequer esperar um bis. Perderam, otários!! A clássica e quilométrica (quinze minutos de puro prazer) "Chamelon" começa sem ter ninguém ao palco, o que me imputece. Pensei "logo uma de minhas favoritas aparece assim apenas como música de fundo?. Por minha sorte, o negão me dá um susto ao voltar ao palco sigurando um daqueles ridículos teclados em formato de guitarra que o The Feevers e Dominó sempre usaram tão bem! Sem dúvida, os últimos 25 minutos de show garantiram meu ingresso com total satisfação.
Na coluna social de terça-feira, um famoso "jazzófilo" capixaba que eu desconheço posa ao lado de Herbie e comenta que o show foi um amontoado de barulho sem melodia e que não gosta desses artistas fusion. Bem, eu não sei realmente o que é o bom jazz, por que mesmo em se tratando de Miles Davis o que mais me agrada de sua vasta carreira é essa mistura toda com o funk e o rock, fase dos anos 70 que teve - por acaso! - grande cooperação de HC em sua banda.
Pelos dados que sei, na reta final os ingressos se esgotaram, o que me deixa feliz por prováveis novas edições em nosso estado. Realmente algo para se situar na nossa história cultural.
Yamandu Costa
Com uma formação que além dele ao violão, tinha um violino e um baixo, fez um show irretocável. Ouvi testemunhos de gente que iria desistir do violão. O gaúcho apresentou um repertório completamente novo de um disco que só lançará em 2007. Como sempre faz, "explica" os títulos de suas canções instrumentais com base em literatura brasileira. É notório que consegue criar incríveis ambientações para textos que encontram-se esquecidos nas prateleiras a espera de basicamente pré-vestibulandos.
Herbie Hancock
O mestre dos teclados deu susto em muita gente com sua primeira música quase-Kenny G, que ao final ele mesmo safamente explicou ser a mais "soft and sweet" do show. Não identifiquei por título as faixas seguintes, mas a segunda teve uma pegada bem interessante e pesada, principalmente da baterista (mulher) que desceu o sarrafo. Daí pra frente foi um pouco monótono e arrancou palmas que pareciam mais por obrigação do que satisfação. O homem tem muitos e muitos discos e quis mostrar um pouco de cada faceta no show, nada mais comum, mas muitos queriam ouvir apenas os clássicos cheios de groove. "Cantaloop Island" trouxe enfim a satisfação de todos presentes, alguns cantavam a linha de saxofone, outras cantavam a letra que o US3 inseriu sobre o sampler. Mas era tarde, era o fim. Muita gente se retirou sem sequer esperar um bis. Perderam, otários!! A clássica e quilométrica (quinze minutos de puro prazer) "Chamelon" começa sem ter ninguém ao palco, o que me imputece. Pensei "logo uma de minhas favoritas aparece assim apenas como música de fundo?. Por minha sorte, o negão me dá um susto ao voltar ao palco sigurando um daqueles ridículos teclados em formato de guitarra que o The Feevers e Dominó sempre usaram tão bem! Sem dúvida, os últimos 25 minutos de show garantiram meu ingresso com total satisfação.
Na coluna social de terça-feira, um famoso "jazzófilo" capixaba que eu desconheço posa ao lado de Herbie e comenta que o show foi um amontoado de barulho sem melodia e que não gosta desses artistas fusion. Bem, eu não sei realmente o que é o bom jazz, por que mesmo em se tratando de Miles Davis o que mais me agrada de sua vasta carreira é essa mistura toda com o funk e o rock, fase dos anos 70 que teve - por acaso! - grande cooperação de HC em sua banda.
7 Comments:
coluna social de A Gazeta. esqueci de citar.
o Yamandu Costa não é tudo isso.
É razoável. Som sujo pra caramba e bastante embolado. Falta qualidade.
Antes de velocidade, qualidade.
??????????
Bom é linguinha!
O Bonna disse tudo que eu gostaria de dizer.
Agora, público de jazz pra lotar um teatro de apenas 655 lugares... Vitória não tem, não...
Os dois shows que eu mais gostei foram dos americanos tocando jazz. Ou algo misturado com jazz.
A qualidade dos músicos da banda de HH... sem comentários. E a pessoa do cara também... Só de ficar perto, a menos de um metro, de um camarada cujo nome é história da música, e mais: A ALGUNS QUARTEIRÕES DE CASA!!! Impagável, não tem preço.
E na longa sessão de autógrafos, o precioso presente de aniversário que ganhei naquela noite de um amigo considerado foi autografado por Herbie. O album "With Teeth", do NIN...
que também é tecladista...
Ele iria gostar da assinatura do mulato Hanckok em seu álbum industrial caucasiano.
E depois ainda cair na pista lá no Kokeshi FOI DEMAIS!!! Definição perfeita do Bonna. DISCOTECAGEM PRA LIMPAR OS OUVIDOS!!! No quesito "burra", dou um desconto para o colega Michel Spon, que tocou só meia horinha, mas botou um som foda.
Belíssima resenha Bonna. E nãoi me venha com este papo de que "esperava que meus colegas mais entendidos do recado comentassem primeiro", pois eu acho muito mais foda quando alguém escreva o que sentiu no momento, independente de ser "especialista" (gente tipo proctologista e tal...) no assunto - que foi o que vc exatamente o fez aqui.
O que mais me atraía a este TIM Festival capixaba era o HC, e pelo visto o tiozinho soube, no mínimo, supreender e sair do óbvio.
Sobre a tal opinião de um "jazzófilo" capixaba, acredito que seja um daqueles velhos cheios de pose que infestam o Jazz Café e que possuem uma mentalidade pra lá de restrita a respeito do jazz. Engraçado, jazz um dia já foi sinônimo de "liberdade musical" e hoje repousa nas pateleiras mais conservadoras, tipo museu mesmo - coisa que o HC não concorda, com certeza.
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