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    quarta-feira, dezembro 06, 2006




    *Já havia mandado este texto em um velho comentário, mas acho que ele merece um espaço melhor - 1985 foi um daqueles anos a mudar a minha vida (definitivamente). RIR I, serviço militar, UFES, carteira de habilitação...



    *Peguei um buzu e segui até o Sendas e de lá outro (o especial do evento) com uma turma bebendo vinho em garrafão de cinco litros e isso saindo da Freguesia na Ilha e a porra do ônibus emperra e não sobe a ladeira e daí desce a metade (eu no meio) pra empurrar - é Brasil, porra! - e leva tudo mais de duas horas e meia pois era uma sexta e o engarrafamento danado de desgraceira e isso antes do meio-dia e os portões foram abertos e aquele gramado de 85.000 metros quadrados que diziam valer 12 gramados do Maraca e fiquei tonto com aquele espaço da porra e era 11 de janeiro de 85 e eu tinha feito meus 18 anos menos de um mês antes e já tinha quebrado o cabaço de show de rock gigantesco com o Kiss em 83 mas aquela merda toda ainda assim era demais e era foda e o Brasil não sabia que monstro tava criando e o calor era o do inferno pestilento e eu tava com o brô Alexandre que cursava o Promove comigo e eu prestes a entrar no Exército Brasileiro e os milicos deixando o poder e dali a pouco tava passando no vestibular da UFES e caralho era muita coisa ao mesmo tempo e eu veria o Iron e o Queen em um punhado de horas e a cerveja era a Malt 90 e os sandubas que eu comia eram do Bob´s e as vagabas passavam pra lá e pra cá e meu pau duro por elas e tinha também uns caras estranhos de colete jeans e bracelete cheio de pinos e vestindo umas camisas esquisitas do caralho e eu sabia que ia pirar e o cheiro da maconha tava marofando tudo e eu já meio bebum esperando a bagaça e era gente como eu nunca tinha visto e foram 150.000 ou mais e "Rosa de Hiroshima" abriu a correria e eu senti que aquele verde ia virar lama com as chuvas do verão carioca e eu só tinha 18 anos e tava chegando no mundo roqueiro com o passaporte da maioridade e era ali mesmo a história acontecendo e ninguém precisava esperar dez anos pra saber disso e foi tudo duca e todo mundo meio fodido e os buzus com neguim no teto e o caralho a quatro e eram dois coletivos pra chegar em casa no fim da Ilha já de dia e minha avó pirando quase ajoelhada no milho por nossa volta e era comer qualquer coisa por vezes pois calhava de um dia de shows colar no outro e tome lama com urina e merda e suor e sangue até os joelhos e ninguém se importava com isso e meu tênis foi pro saco e voltei descalço pra casa e foram cinco dos dez dias e num deles emburaquei pra lá sozinho e no peito e na raça e tomei chuva com a boca escancarada cheia de dentes e tava feliz e sabia que dali pra frente a estrada não me daria sossego e depois daquele verão na Maravilhosa eu era um cara que jamais abraçaria a caretice da vidinha bundona e meu corpo tava borbulhando e eu era forte e ia meter os peitos em tudo e segurar as ondas e era só tocar em frente que era beleza pura.

    posted by caio at 2:09 AM

    4 Comments:

    Anonymous Anônimo said...

    Mais uma vez, muito bom.

    3:05 AM, dezembro 06, 2006  
    Blogger :[marz]: said...

    Chorei pra meus pais me deixarem ir mas não teve jeito. Tinha somente 16 anos e nunca tinha ido ao Rio. Não deu mas acompanhei tudo que pude pela grobo.

    9:18 AM, dezembro 06, 2006  
    Blogger Kalunga said...

    rapaz, eu era muito moleque... hehehehe!

    e pensar que também implrei ao meu pai pra ir no Kiss - com sete anos de idade!

    2:09 PM, dezembro 06, 2006  
    Anonymous Anônimo said...

    Texto fodasso, hein...
    Estilo Kerouac hehehe

    10:16 PM, dezembro 06, 2006  

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