Vamos lá...
"Por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos - proprietários dos meios de produção social - que empregam o trabalho assalariado. Por proletariado compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir."
Exercício da lógica marxista:
Suponhamos que um operário seja contratado para trabalhar 8 horas por dia numa fábrica de motocicletas. O patrão lhe paga 16 reais por dia, ou seja, 2 reais por hora, e o operário produz duas motos por mês. O patrão vende então cada moto por 3883 reais. Deste dinheiro, ele desconta o que gasta com matéria-prima, desgaste de máquinas, energia elétrica, etc; exagerando bastante, vamos supor que esses gastos somem 2912 reais. Logo, sobram de lucro para o patrão 971 reais por moto vendida (3881 menos 2912 é igual a 971). Se o operário produz duas motos por mês, ele produz, na verdade 1942 reais por mês (2x971). Se, num mês, ele trabalhar 240 horas, produzirá 8,1 reais por hora (1942 dividido por 240 horas). Portanto, em 8 horas de trabalho ele produz 64,8 reais (8,1x8) e ganha 16 reais.
A mais-valia é exatamente o valor que o otário cria além do valor de sua força de trabalho. Se sua força de trabalho vale 16 reais e ele cria 64,8, a mais-valia que ele dá ao escravocrata é de 48,8 reais. Ou seja, o otário trabalha a maior parte do tempo de graça para o patrão suga-suga.
Queres saber (o) quanto toma no fiofó o Zé Toucinho? Vamos lá, regra de três simples:
64,8 ---- 8h
16-------- X
16 vezes 8 dividido por 64,8 = 2h e 6min
Conclusão (toma!): das oito horas que o operário-pidão trabalha, ele só recebe duas horas e seis minutos. O resto do tempo ele trabalha de graça para o capitalista (esse incompreendido...). Esse valor que o patrão-gracinha embolsa é o trabalho não pago.
Ao patrão-gente boa! o que interessa é o aumento constante da mais-valia porque assim seus lucros também aumentam. Pra fazer isso, o capitalista ("um visionário", dizem os puxa-sacos) usa uma forma básica: aumenta ao máximo a jornada de trabalho do mané (“mais-valia absoluta”), de modo que depois de o operário-pelourinho ter produzido o valor equivalente ao de sua força de trabalho possa continuar trabalhando muito tempo mais; esta forma de obter maior quantidade de mais-valia é muito conveniente ao capitalista (o escravocrata, não esqueça) - ele não aumenta seus gastos em máquinas nem em locais e consegue um rendimento muito maior da sua força de trabalho (o idiota assalariado).
Era o método mais utilizado no começo do capitalismo.
Mas não se pode prolongar indefinidamente a jornada de trabalho, babies...
Então, para isso, o patrão-mandão teve de lançar mão de outras formas para fazer com que o operário-jumento produzisse mais, reduzindo o tempo de trabalho necessário (“mais-valia relativa”) sem reduzir a jornada de trabalho: introduzindo máquinas mais modernas, incentivando a produtividade, etc ("Meu Deus, como os operários hoje trabalham em melhores condições!", dizem os hipócritas e os estúpidos de boa fé).
O proletariado, esse reclamão ingrato...
O manda-chuva, esse homem de bem...
5 Comments:
"corrida pra vender cigarro
cigarro pra vender remédio
remédio pra curar a tosse
tossir,cuspir,jogar pra fora
corrida pra vender os carros
pneu,cerveja e gasolina
cabeça pra usar boné
e professar a fé de quem patrocina
eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar(de rir)...querem te fazer chorar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
corrida contra o relógio
siliclone contra a gravidade
dedo no gatilho,velocidade
quem mente antes diz a verdade
satisfação garantida
obsolecência progamada
eles ganham a corrida antes mesmo da largada
eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar(a sede)...querem te sedar
quem são eles?
quem eles pensam que são?
vender...comprar...vedar os olhos
jogar a rede contra a parede
querem te deixar com sede
não querem te deixar pensar
quem são eles?
quem eles pensam que são?"
A primeira solução está no estudo e na compreensão do processo.
Hora de pegar o bolo na marra, Ramone.
cara, estou buscando minha fatia no bolo, mas trampar por conta (e risco...) própria é deveras desgastante. Sou meu próprio patrão (em termos, é verdade...)mas ressinto de estabilidade. A verdade é que pretendo mesmo é escalar o gigante, enfiar uma porrada em sua fuça e depois vazar pro meu canto feliz e c/ meu bolso cheio. ainda vai rolar...
Eu orbito o sistema mas guardo uma distância segura.
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