*Postado anteriormente no Escritório do Rock
Eu nunca fui de beber muita cerveja, pois sempre rola comigo de, em algum momento, ficar embuchado – normalmente no momento também que começo a ficar bêbado. Dali, eu partia para os drinks do inferno ou então forçava uma barra tomando mais cevada. Quando mais novo, lembro-me de ter experimentado e gostado da tal Kaiser Bock: era vermelhona, possuía um gosto forte e saboroso (ainda mais para uma Kaiser!) e era ideal para dias frios. Raros eram esses dias de temperatura mais baixa aqui em Vitória e a tal da Bock não durou muitas temporadas. Também, na mesma época (acho que era entre 1994 e 1996), pintou uma tal de Skol Ice, que fez um sucesso tão repentino quanto de curta duração. Vez ou outra também tomava umas Bohemias e achava o seu gosto um tanto quanto forte demais - Skol tipo chope levinho era imbatível! Durante o período em que rolou a tríade de bares Gueto-Lameirão-Café Cartoon na Rua da Lama (os últimos bares que ainda faziam a diferença naquele lugar), tomei gosto por Heineken e, em especial, pela Carlsberg: ambas de sabor bem característico (mais amargas) e que necessitavam estar ultra-geladas para melhor apreciação. Passou um bom tempo e já em 2004, quando um primo meu foi passar uma semana a trabalho em São Paulo, ficando hospedado no apê onde eu residia lá, e num sábado saímos para tomar todas rodando de bar em bar pela Av. Paulista, terminando trocando as pernas num boteco (“BH Lanches”) já na Rua Augusta. Assim que tomamos, ambos pela primeira vez, uma tulipa gigante de Bohemia Weiss para cada um, foi piração à primeira vista e só ficamos nesta cerveja até quase cair (foram umas 20 ou mais)! Desde então, virei fanático por cervejas “especiais”, que sugerem uma degustação tal qual ocorre com vinhos.E, por terem produções artesanais e/ou em menor escala, possuem um preço bem mais alto - porém, algumas já chegam perto do preço "normal", inclusive. Nas palavras a seguir, tracei descrições sobre algumas destas maravilhas de malte que já experimentei.
Bohemia Weiss
É um clássico, é nacional e não deixa nada a dever às gringas – inclusive gosto mais dela do que da Erdinger (ver a seguir). O sabor denso e levemente adocicado, inclusive da espuma, são incomparáveis, e estando geladaça é uma maravilha!
Bohemia Escura
Incrível como a Bohemia lança produtos em larga escala e mantém uma qualidade impressionante. Esta cerveja escura possui sabor forte, pouco ou nada adocicado, e aroma de torrefação. É uma cerveja preta que não enjoa facilmente.
Bohemia Confraria
A garrafa já é uma atração à parte: branca e simulando um artefato de cerâmica medieval. O sabor é diferente de tudo o que já tomei, pois não tem nada a ver com a Weiss, por exemplo, e é forte e marcante – fora a cor dela, um dourado mais escuro e brilhante. Secaram os estoques aqui no ES e até agora não repuseram...
*Ainda Existe uma tal de Bohemia Royal Ale, que até agora nem sinal no ES.
Erdinger
Esta cerveja holandesa é muito boa e seu preço tem caído nos supermercados – prova de que está sendo aceita no mercado nacional. A Weiss é excelente, mas ainda considero a Bohemia um pouco melhor. Já a Dunkel (escura) é simplesmente fantástica, na minha opinião a melhor nesta categoria. Também experimentei a Weiszenbock, um híbrido de weiss com bock, de sabor marcante e alto teor alcóolico (quase 8%), fantástica, só que é difícil de ser achada. As demais da foto eu não tive acesso ainda.
Eisenbahn
Fantástica cerveja de Blumenau (SC), com cerca de onze tipos diferentes e perfeitamente distigüiveis. A Weiss deles é a melhor de todas desta categoria que existem! A Pale Ale parece uma mistura de weiss com Heineken, e possui uma linda cor âmbar. A Dunkel é excelente, mas a mesma da Erdinger é um pouco melhor. A Kolsch é produzida com vários tipos de malte diferentes, e o sabor é como se fosse uma pilsen mais sofisticada – comprei várias dela no verão de 2006 e na praia foi perfeita! A Weiszenbock é simplesmente fantástica, de alto teor alcóolico e a mistura muito bem weiss c/ bock. A Wehnachts Ale é uma especial de natal e possui aroma entre a Pale Ale e a Weiss, muito boa! As demais cervejas desta marca eu ainda não tive a oportunidade de experimentar, mas fico babando de tomar uma que é produzida como champanhe (!). Esta marca é, até então, a minha favorita. Só que não teve muita aceitação por aqui, talvez pelo preço elevado e por ser long neck, e hoje está cada vez mais rara.
Baden-Baden
Cerveja de altíssimo padrão, original de Campos de Jordão (SP). Conheci através de meu amigo Taylor. É embalada em curiosas e gordinhas garrafas de 650ml. Experimentei de uma tacada só: Red Ale, vermelhona, forte, meio amarga, sabor denso e especial; Dark Ale, ainda mais forte, escura, alto teor alcóolico (9%!), exótica até, boa pra cacete!; Stout, a escura da marca, sabor forte de café; Cristal, uma pilsen de alto nível; e depois comprei uma Bock, que faz a versão da Kaiser um lixo. Lá no Extraplus, em Vila Velha, tem umas duas Especiais de Verão, que estou babando para experimentar (são estilo weiss), só que o precinho de R$ 18,90 assusta! Não vejo a hora de experimentar todas as demais. No geral, parece que a Baden-Baden prioriza cervejas com sabores fortes. Excepcional é pouco!
Therezópolis
Cerveja oriunda da cidade homônima, produzida desde 1912, e pouco conhecida por estas plagas. Lembro de meu pai trazendo ela do RJ quando pequeno. Lá no Bar Ceará tem para vender a versão Gold, servida naquela garrafa gordinha igual à Baden-Baden. Sabor paralelo ao da Bohemia tradicional, só que particularmente considero mais gostosa. Muito boa mesmo!
Krug Bier
Tomei o chopp weiss desta cervejaria de Belo Horizonte e simplesmente pirei! Infelizmente não existem casas no molde desta aqui no ES, que produzem seu próprio chopp artesanalmente. Talvez o capixaba não esteja preparado - e nunca estará! – para variações além da dupla Bhrama/Skol facinhas de se tomar, sem nenhum atrativo a mais além disso.
Outras marcas: A Skol Beats é muito boa, serve perfeitamente ao propósito para a qual é divulgada: balada! Bhrama Extra também é muito boa, mas perde em comparação com a Bohemia tradicional. Guiness é muito boa, e estou para reavaliá-la, pois tomei muitos anos atrás. Original cai bem que é uma beleza nessa terra calorenta! Heineken, com sua garrafa verdinha e champinha com aquela estrela vermelha, é irresistível visualmente falando, mas seu sabor mais amargoso não agrada a todo mundo –eu gosto! Já tomei uma Sol legitimamente mexicana, long neck importada, e achei interessante, refrescante e sabor mais apurado. Já a versão brasileira é um lixo...
Existem muitas outras marcas, na maioria gringas, a serem experimentadas. E em alguns supermercados locais já são encontradas muitas diferentes além das citadas aqui no post. Ainda vou fazer uma festa com todas estas cervejas aí em abundância!!!
8 Comments:
obviamente se o seu negócio é só se entupir de brahma e skol (no máximo), este post não faz o menor sentido. Como está escrito no post, estas cervejas são bem mais caras, e tomá-las em grande quantidade para chapar todas é meio inviável. Eu as associo a ocasiões específicas (isso vai de cada um), onde uma boa conversa tem que ser acompanhada por uma cerveja que pode ser apreciada como um bom vinho.
Em botecos dá para encontrar algumas dessas cervejas, como Original, Bohemia e Therezópolis, que custam entre R$ 0,30 e 0,70 a mais que uma Skol. Mas é um nível que, quando vc chega nele, é difícil descer novamente...
Putzgrila, so tem "craqye" nessa seleçao de brejas.
Temos que fazer mais esses rocks!
Kalunga, que post. Deu sede.
E tem infeliz que toma Skol!
Seu merda eu to aqui no maior calor e só tem Cintra !!!
kalango, cintra é dose, hein?
hahahahaha!!!
me daria mais sede, se fosse um post de bebidas quentes!!!
já bebi algumas dessas, algumas boas, algumas só tem nome tbm, enfim, cerveja, apenas cerveja.
heheh.
brincadeira, bacana o post kalunga.
Erdinger é Alemã !!
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