(...) Minha admiração pelos homens que passam os dias inteiros na praia. São homens honrados. Não fazem negócios escusos, não emprestam dinheiro a 4% nem ganham comissões nas empreitadas do governo. Ficam na praia, que é de graça, expostos às graças do sol, adquirindo a pigmentação necessária a essa vida úmida dos trópicos. Gosto mais dessa gente, dessa humanidade que não ajuda mas também não atrapalha. Gosto mais desses que dos outros, os que acordam às 6 e partem, às 7, magros e pálidos, para a chamada zona bancária."
Antônio Maria, Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1961
É isso. Tomei a decisão no mês passado de supervisionar as atividades litorâneas do ES. Uma atividade que certamente me tomará muito tempo e que eu não podia conciliar com as minhas obrigações acadêmicas. Tenho que me dedicar com exclusividade a verificar a temperatura da água do mar e das cervejas nos quiosques; o sabor do camarão frito e a quantidade de carne no bolinho de aipim; a qualidade das bundinhas enfiadinhas nos biquinis; a reação da pele aos raios solares etc etc etc. O tipo da missão custosa e que pretendo levar adiante com todo o empenho que me é peculiar.
Convoco para integrar a minha equipe amigos que igualmente possuem todo o tempo do mundo: Buaiz, Kalunga e Mentor. Trabalhemos juntos pela natureza. O mundo precisa disso. Trabalho voluntário é o que há.
3 Comments:
Gostei da empreitada, vou participar ativamente dessa labuta de pesquisa nos quiosques e nas praias. Prefiro dar nota a isso do qualquer outro ser ignobil que está na lida estudantil universitária. (pra não falar universotária).
abraço caio
Mr. Burns
o trabalho é pesado, mas é honroso. Estou dentro (só não posso como camarão).
Mentor – o à toa disse
Lacaio vc tem um talento natural de convencer através da palavra escrita, ou seja, todo esse post pode ser traduzido em uma única palavra: Vagabundagem !
Venha pro Pará. Vou te apresentar ao Jader Barbalho, ele vai gostar de vc !
Kalango
Postar um comentário