Som bom, porra!
Alguns sons que eu julgo serem relevantes e que andam segurando minha onda para não sair por aí aterrorizando velhinhas, sentir prazer com uma cirurgia de canal dentário, beber Cintra ou voltar a comer sanduíches enormes e gordurosos em finais de noite...
Gang of Four
Morte aos indies! Viva o Gang of Four! Contradição em termos, ao escrever as duas frases anteriores? Vamos aos fatos: O GoF é a banda que influenciou o Franz Ferdinand - este é o atual discurso pronto acerca deste grupo fantástico, surgido no pós-punk do final dos 70’s. Batida/baixo em colisão rítmica disco/groove dançante, riffs de guitarra originais, aquele sabor pop e grudento típico que caracterizou os posteriores anos 80 e que se transformou no pote de ouro onde o arco-íris nasce para os mudernos do novo rock anos 2000. Particularmente considero o Franz Ferdinand uma banda excelente, e curto pacas a levada dançante de gente atual como !!!, Rapture e Bloc Party (se bem que o segundo disco desses é uma merda!). Tá tudo lá o que eu curti de bom na década retrasada, reciclado com competência, mas sem muita ousadia. É neste ponto onde volto ao GoF: a guitarra de Andy Gill é lacerante, certeira, dançante, pesada, desafiadora, minimalista, o conteúdo lírico é de primeira, política sem ser esquerdismos burros, idéias para serem discutidas. Há fúria no local onde os indies atuais encolhem seus sacos. Não vá pensando em peso fácil ou eletrônica disfarçada. É orgânico, bacana, parece simples, dá para dançar e os vocais descem redondos, mas o processo é muito bem pensado. Estou preenchendo uma lacuna vazia dentro de mim, desde que reencontrei uma fita K7 antiqüíssima que continha apenas uma faixa do GoF (“Damage Goods”). A mesma música pairava no meu subconsciente e agora foi recuperada através do disco de regravações atuais dos caras, “Return The Gift”. É um excelente recomeço, para depois partir para os discos originais, que receberam uma remasterização bacana e que consertou o som magrinho típico daquela época.
*O disco de bônus de “Return the Gift” é uma penca de remixes da galera atual que tanto os venera. Uma versão melhor que a outra, sem perder a essência original. Se bem que o mix do Ladytron para “Natural’s Not In It” deu cria a uma espécie de Young Gods com electro – foderoso além da conta!
Klaxons
Olha o hype aí, gente! Pra começo de conversa, esse papo de New Rave, o rótulo da hora, é um caô sem precedentes, típico da Geração Download, que deve considerar os Strokes dinossauros extintos e que ignora já completamente a turma de três anos atrás do disco-punk. Pois bem, a tal da new rave nada mais é do que uma geração ainda mais nova do rótulo citado na frase anterior, pois não há nada de diferente, é apenas uma evolução natural do rock dançante de cacoetes oitentistas dos anos 2000, só que agora a eletrônica vem ainda mais evidenciada. Na boa, mas é a reciclagem cara-de-pau do indie dance da virada dos 80’s para os 90’s, de bandas como EMF, Jesus Jones e Soup Dragons. Então, o Klaxons - o hype-pai de hoje - é uma enganação, certo? Erradíssimo! Jogar um gênero musical completo no lixo é uma atitude ignorante, e esta bandinha aí é bem gostosa de ouvir, divertida pacas e possui sim uma massa sonora consistente. Os vocais agudos, as melodias pop, o baixão gordo, a batida dançante além da conta, as programações eletrônicas espertas, e uma certa dose de leseira (os caras usam e abusam de drogas de clubber) constroem as bases para perdurarem no mundo além-hype. Mas, quem produz e dá corda aos imediatismos do momento ainda teria interesse numa banda quando a mesma lançasse seu primeiro álbum? Já andam dizendo por aí que o Klaxons não tá com nada, que a onda atual é... (se você é indie de carteirinha, preencha as reticências com alguma banda tão nova que nem tenha música alguma lançada, mas que já seja o hype do momento!).
*Bem que eu gostaria que os garotos do Klaxons lançassem um segundo disco mais pesadão, mais eletrônico, mais qualquer coisa que não fosse uma acomodação sobre os louros conquistados. Que eles fossem uma banda tal qual era o Pop Will Eat Itself para a geração indie dance de um passado já distante. O PWEI tascou metal, hard rock, hip-hop, industrial, electro e o caralho a quatro onde havia apenas calças baggy e franjinhas na cara. Hoje é uma banda cult (Trent Reznor, do NIN, é fã declarado), enquanto que os citados Jesus Jones, EMF e Soup Dragons (olha que eram boas bandas!) fazem parte de set lists de festas trash.
Até não sei quando!
Gang of Four
Morte aos indies! Viva o Gang of Four! Contradição em termos, ao escrever as duas frases anteriores? Vamos aos fatos: O GoF é a banda que influenciou o Franz Ferdinand - este é o atual discurso pronto acerca deste grupo fantástico, surgido no pós-punk do final dos 70’s. Batida/baixo em colisão rítmica disco/groove dançante, riffs de guitarra originais, aquele sabor pop e grudento típico que caracterizou os posteriores anos 80 e que se transformou no pote de ouro onde o arco-íris nasce para os mudernos do novo rock anos 2000. Particularmente considero o Franz Ferdinand uma banda excelente, e curto pacas a levada dançante de gente atual como !!!, Rapture e Bloc Party (se bem que o segundo disco desses é uma merda!). Tá tudo lá o que eu curti de bom na década retrasada, reciclado com competência, mas sem muita ousadia. É neste ponto onde volto ao GoF: a guitarra de Andy Gill é lacerante, certeira, dançante, pesada, desafiadora, minimalista, o conteúdo lírico é de primeira, política sem ser esquerdismos burros, idéias para serem discutidas. Há fúria no local onde os indies atuais encolhem seus sacos. Não vá pensando em peso fácil ou eletrônica disfarçada. É orgânico, bacana, parece simples, dá para dançar e os vocais descem redondos, mas o processo é muito bem pensado. Estou preenchendo uma lacuna vazia dentro de mim, desde que reencontrei uma fita K7 antiqüíssima que continha apenas uma faixa do GoF (“Damage Goods”). A mesma música pairava no meu subconsciente e agora foi recuperada através do disco de regravações atuais dos caras, “Return The Gift”. É um excelente recomeço, para depois partir para os discos originais, que receberam uma remasterização bacana e que consertou o som magrinho típico daquela época.
*O disco de bônus de “Return the Gift” é uma penca de remixes da galera atual que tanto os venera. Uma versão melhor que a outra, sem perder a essência original. Se bem que o mix do Ladytron para “Natural’s Not In It” deu cria a uma espécie de Young Gods com electro – foderoso além da conta!
Klaxons
Olha o hype aí, gente! Pra começo de conversa, esse papo de New Rave, o rótulo da hora, é um caô sem precedentes, típico da Geração Download, que deve considerar os Strokes dinossauros extintos e que ignora já completamente a turma de três anos atrás do disco-punk. Pois bem, a tal da new rave nada mais é do que uma geração ainda mais nova do rótulo citado na frase anterior, pois não há nada de diferente, é apenas uma evolução natural do rock dançante de cacoetes oitentistas dos anos 2000, só que agora a eletrônica vem ainda mais evidenciada. Na boa, mas é a reciclagem cara-de-pau do indie dance da virada dos 80’s para os 90’s, de bandas como EMF, Jesus Jones e Soup Dragons. Então, o Klaxons - o hype-pai de hoje - é uma enganação, certo? Erradíssimo! Jogar um gênero musical completo no lixo é uma atitude ignorante, e esta bandinha aí é bem gostosa de ouvir, divertida pacas e possui sim uma massa sonora consistente. Os vocais agudos, as melodias pop, o baixão gordo, a batida dançante além da conta, as programações eletrônicas espertas, e uma certa dose de leseira (os caras usam e abusam de drogas de clubber) constroem as bases para perdurarem no mundo além-hype. Mas, quem produz e dá corda aos imediatismos do momento ainda teria interesse numa banda quando a mesma lançasse seu primeiro álbum? Já andam dizendo por aí que o Klaxons não tá com nada, que a onda atual é... (se você é indie de carteirinha, preencha as reticências com alguma banda tão nova que nem tenha música alguma lançada, mas que já seja o hype do momento!).
*Bem que eu gostaria que os garotos do Klaxons lançassem um segundo disco mais pesadão, mais eletrônico, mais qualquer coisa que não fosse uma acomodação sobre os louros conquistados. Que eles fossem uma banda tal qual era o Pop Will Eat Itself para a geração indie dance de um passado já distante. O PWEI tascou metal, hard rock, hip-hop, industrial, electro e o caralho a quatro onde havia apenas calças baggy e franjinhas na cara. Hoje é uma banda cult (Trent Reznor, do NIN, é fã declarado), enquanto que os citados Jesus Jones, EMF e Soup Dragons (olha que eram boas bandas!) fazem parte de set lists de festas trash.
Até não sei quando!
6 Comments:
tenho gang of four, o outro vou procurar já; vc como sempre mandando bem nos posts!
abraços.
Conheço o Gang of Four desde 1982, mas nunca me bateu. Outro dia mesmo baixei uma porrada de coisas deles, ouvi duas vezes e deletei.
Não desce, mas respeito.
Volte a comer sanduíches gordurosos kalunga!!!
Volte a comer sanduíches gordurosos kalunga!!!
Vaca prolixo !
Kalango lacônico!
Postar um comentário