Últimos Heterossexuais Românticos
Travis – The Boy with No Name
Antes do Coldplay arriscar seu primeiro disco o Travis já desfilava seu som doce de deixar a beira da morte qualquer diabético. A Bizz, pouco antes de sua penúltima morte, chegou a rotulá-los como os “últimos heterossexuais românticos”, o que caiu como uma luva para seu estilo. Então, veio o Coldplay de “mansinho” invadindo rádios, trilhas de novelas brasileiras e o inconsciente geral com sua grandiloqüência rockstar e pretensão de ser grande (plenamente alcançada) e o Travis foi injustamente esquecido pelo grande público e rebaixado a segundo escalão do rock britânico. Ainda assim – devo admitir – que o Travis sempre foi a minha preferida entre as duas bandas pelo simples motivo de me transmitir simpatia como também passava o Coldplay antes de adotar uma descabida arrogância que cabe bem a personalidades como o Oasis ou Echo & The Bunnymen, mas não a eles. Apesar de “Selfish Jean” ser bem agitadinha e longe do habitual estilo, o Travis nunca tentou nem parece ter pretensão de inovar seu som, que em seu caso acaba até sendo cansativo de início, mas a cada nova audição as melodias crescem em meu conceito. “The Boy with No Name” é provavelmente seu melhor trabalho desde o belíssimo “The Man Who” de 1996.
Ouça agora: “Big Chair”, “Closer” e “Eyes Wide Open”.
1 Comments:
Felomenal. A banda, o disco e a resenha.
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