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    quarta-feira, maio 02, 2007

    "NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAÍS..."


    "Ler é mais importante que estudar" - Ziraldo

    "Se você quer transar, vá para a faculdade; se você quer estudar, vá para a biblioteca." - Frank Zappa





    Completei 21 anos de docência em dezembro do ano passado. Pois é, comecei cedo, quando ainda cursava o primeiro período de meu curso na UFES. Daquele primeiro estágio pra cá trabalhei em prefeituras (três anos em escolas e com o lazer em comunidades carentes), na ETFES (hoje, CEFET), em escolas particulares (cinco anos), em academias (dois anos e meio), em faculdades (12 anos), na CST (instrutor durante dois anos e meio), na rede estadual (dois anos), na PM-ES (CFO e CFSD, 11 anos)... Cursei duas faculdades, uma especialização e um mestrado (inconcluso). Orientei pesquisas, monografias, grupos de estudo, fiz a minha extensão universitária, escrevi e publiquei artigos etc. Digo isso pra elencar algumas breves conclusões (quase científicas):


    - provavelmente vivemos o ponto educacional mais baixo de nossa história, visto que o crescimento econômico significativa e paradoxalmente aumentou o poço do desconhecimento, da ignorância e do descaso;

    - nunca o ensino superior abriu tanto as suas portas, e nunca foi tão evidente o despreparo dos alunos egressos do ensino médio;

    - os professores, observado o seu despreparo geral, ganham mal e ganham bem, se é que vocês me entendem. O compromisso de uma minoria com o próprio aperfeicoamento contrasta com o pouco caso e a desmotivação de uma maioria despreparada para a prática educativa;

    - as faculdades particulares (exceções são excecões) assumem um único compromisso com os seus alunos: aprová-los a qualquer custo. Por qualquer custo entendamos o baixíssimo nível de assimilação de conhecimentos, o descompromisso ético com a profissão escolhida e a gritante ausência de uma política efetiva de aplicação dos conteúdos - durante a carreira acadêmica do corpo discente;

    - as instituições públicas de ensino superior, ainda que sucateadas pelo descaso governamental, respondem pela massa da produção científica e não científica relevante em nossas academias (?);

    - a maior parcela dos alunos do ensino superior mal e porcamente consegue ler e compreender um texto simples de sua área ou de conhecimentos gerais - índice que deve chegar a uns 90% nas faculdades particulares;

    - esses mesmos 90% não possuem nenhum compromisso real com os próprios cursos. Ofereçam a esses sujeitos o diploma por qualquer via mais curta e a aceitação será maciça;

    - cursos superiores de quatro, cinco e seis anos são uma excrecência; posso afirmar com serenidade que podem ser fechados em dois, três e quatro anos, se muito. Aprende-se o que deve ser aprendido em sala de aula e aperta-se o ritmo (d)nas atividades práticas;

    - há professores com mestrado e doutorado saindo pelo ladrão, e a maior parte dessa turma é de uma indigência intelectual espantosa. Canudos como esses quase sempre só fortalecem a imbecilidade. Converse por meia hora com um mestre ou doutor (sobre QUALQUER assunto fora de sua mais que específica e reduzida área de atuação - e olhe lá!) e comprove: nunca tantos animais foram agraciados com ós títulos de mestre e doutor nestas bandas;

    - nosso presidente é o Lula (não é um preconceito, é um conceito; o preconceito viria antes de sua posse, agora o conceito está formado).

    posted by caio at 3:41 PM

    14 Comments:

    Blogger Buaiz said...

    É meu caro, realmente a realidade é bruta e suja.
    O que posso falar sobre isso, senão repetir o q vc mesmo disse.
    Foram cinco anos na docência. Cara, somente com uma pós-graduação, mas com experiência mais do que suficiente para lecionar. Realmente era de um esforço sobre-humano para conseguir enfiar alguma coisa na cabeça desses fidalgos (para não ofende-los), salvo raras exceções, um ou dois no máximo por sala, que realmente demonstravam real interesse sobre o assunto e o curso; um verdadeiro milagre no sistema universitário.
    Pra não falar de colegas invejosos, que em vez de realizarem o seu próprio trabalho e desenvolver sua própria metodologia de ensino, pensavam mais em te foder, te ver no osso, acabar com sua reputação, por você ser digno no seu trabalho e executá-lo com seriedade.
    Enfim é dura essa vida de docente.
    Mais dura vai ser quando todos eles estiverem efetivados (espero q não) no mercado de trabalho.

    Como diria raulzito: "para o mundo que eu quero descer."

    5:22 PM, maio 02, 2007  
    Blogger TCo said...

    A tempo...

    O objetivo de um curso de doutorado é prover formação inicial a um pesquisador, que tem que provar que tem capacidade de conduzir um projeto de pesquisa que produza uma contribuição original à ciência.

    Ao contrário do que muitos pensam, a obtenção do título de doutor é apenas o início da carreira de um pesquisador, e não o ápice...

    Não dá para garantir que uma pessoa, por ter esse título, saiba conversar sobre "sobre QUALQUER assunto fora de sua mais que específica e reduzida área de atuação"... simplesmente porque este não é o propósito deste tipo de formação. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, aí é com cada um, não depende do título acadêmico.

    6:42 PM, maio 02, 2007  
    Blogger caio said...

    Prefiro o "aí é com cada um". Vale mais pra mim.

    9:57 PM, maio 02, 2007  
    Blogger Gil Pender - Livre como um táxi said...

    O que pergunto é: por que se "apequenar", restringindo-se a uma área de atuação e saber? Era quase sempre constrangedor (pra mim) dialogar com mestres e doutores que nada diziam de interessante quando eram obrigados a sair de seu "ramo acadêmico".

    É muito pouco, pouco demais.

    2:41 AM, maio 03, 2007  
    Anonymous Anônimo said...

    TCo,Buaiz e Lacaio façam um passeio pela Região Norte e multipliquem esse grau de indignação. Não dá para explicar com palavras, só vindo aqui !

    11:29 AM, maio 03, 2007  
    Blogger Kalunga said...

    se vcs não querem dar aula, cedam vossas vagas pq estou precisando de um trampo.

    12:02 PM, maio 04, 2007  
    Blogger Kalunga said...

    obviamente, respeito vssas decisões! mas, enquanto alguns saem, outros entra. a vida é assim mesmo, e atualmente sou uma puta profissional!

    12:26 PM, maio 04, 2007  
    Blogger Buaiz said...

    Garoto de xongas. hahahahahahaha

    12:50 PM, maio 04, 2007  
    Blogger caio said...

    Minha vaga de professor já foi ocupada.

    1:54 PM, maio 04, 2007  
    Anonymous Anônimo said...

    Zappa e Ziraldo: gênios

    7:24 PM, maio 04, 2007  
    Blogger TCo said...

    Expectativa infundada, caro Caio...

    Esperar que um título acadêmico determine a cultura geral de uma pessoa é quase o mesmo que dizer que o dinheiro faz a mesma coisa...

    Eu diria que certos tipos de trabalho acadêmico até prejudicam o desenvolvimento cultural, depedendo de como o pesquisador é absorvido pelo seu tema, e de qual tema ele aborda...

    Acho que vc não entendeu a essêcia do que eu te disse: não espere nada de especial em termos de cultura geral de uma pessoa SÓ porque ela tem um título acadêmico. É a mesma coisa que cobrar isso de uma pessoa só porque ela tem dinheiro ou tempo livre, por exemplo.

    Admita...

    1:19 AM, maio 05, 2007  
    Blogger TCo said...

    Pára de reclamar Kalango... se a galera aí fosse mais inteligente e cuidasse dos dentes, vc não estaria ganhando o que valesse a pena morar aí.

    Joelhou? Reza...

    1:22 AM, maio 05, 2007  
    Blogger caio said...

    Tco, vc não entendeu o que eu disse: não espero que ninguém adquira/possua cultura geral por deter um título de doutor, mas APESAR disso.

    5:44 AM, maio 05, 2007  
    Blogger TCo said...

    OK, então tá certo...

    2:20 PM, maio 05, 2007  

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