REVIEW DE CINEMA NO VERÃO
Estou longe de ser um cinéfilo do tipo "especialista", daquele que discute planos de câmera e discorre longos artigos sobre um determinado diálogo - longe disso! Mas gosto de assisitir a um bom filme e indicá-los aos amigos. Estes filmes eu assisti recentemente e espero que vocês venham a gostar/tenham gostado.
Em Busca da Terra do Nunca
Hollywood às vezes consegue produzir um filme bonito sem ser piegas. Interpretações primorosas de Johnny Depp e de Kate Winslet.
O que fiz eu para merecer isso?
Em cartaz no Cine Metrópolis, o quarto filme (1984) de Almodóvar, em seu estado mais cru e com todos os exageros possíveis. Muito engraçado, lotado de situações/personagens absurdos, mescla humor e tragédia sem perder o pique. Aos carolas de plantão: quase não há cenas de “viadagem” no filme, podem ver sem sustos.
O Lenhador
Kevin Bacon está impressionante no papel de um pedófilo que sai da prisão e tenta levar uma vida normal. O filme te prende a todo instante pela força do personagem principal, sem abusar de trilhas sonoras impactantes ou cenas de ação polêmicas. Aliás, na minha opinião a grande “polêmica” deste filme reside no fato de não mostrar um pedófilo como um psicopata digno de cadeira-elétrica. Você até torce pelo personagem – um pedófilo, lembrem-se!!
A Deusa de 1967
Esteticamente impressionante, misturando o visual futurista de Tóquio com o deserto cheio de cores da Austrália. A história dos dois personagens vai se revelando ao longo do filme, que demonstra um estilo narrativo nem um pouco usual. Em alguns momentos parece que vai descambar nos típicos clichês de road movies, mas nada é o que parece neste filme.
A Estrela Solitária
Eu piro nos filmes do Win Wenders, pois a forma como ele ilustra suas histórias utilizando-se do fantástico visual do deserto do Oeste Norte-Americano é impressionante. E as histórias que ele conta neste cenário invariavelmente são excelentes. Aqui, um veterano ator de filmes de cowboy (Sam Shepard, fantástico no papel que ele mesmo criou – e que relutava em atuar!), desregrado e encrenqueiro por natureza, simplesmente abandona o set de filmagem na garupa de um cavalo da produção do filme e some do mapa. Daí vai descobrindo acontecimentos de sua vida que poderiam mudar o rumo de sua história pessoal. Poderiam... Destaque também para a trilha sonora, que eu estou até hoje procurando saber quem é que gravou aquelas músicas que são tocadas no filme – uma espécie de country-gótico de arrepiar!
Verão sem praia, trabalhando no escritório e vendo filmes longe do suor, hahahaha!!! Pelo menos alguma coisa eu estou acrescentando p/ mim sem suar tanto...
Em Busca da Terra do Nunca
Hollywood às vezes consegue produzir um filme bonito sem ser piegas. Interpretações primorosas de Johnny Depp e de Kate Winslet.
O que fiz eu para merecer isso?
Em cartaz no Cine Metrópolis, o quarto filme (1984) de Almodóvar, em seu estado mais cru e com todos os exageros possíveis. Muito engraçado, lotado de situações/personagens absurdos, mescla humor e tragédia sem perder o pique. Aos carolas de plantão: quase não há cenas de “viadagem” no filme, podem ver sem sustos.
O Lenhador
Kevin Bacon está impressionante no papel de um pedófilo que sai da prisão e tenta levar uma vida normal. O filme te prende a todo instante pela força do personagem principal, sem abusar de trilhas sonoras impactantes ou cenas de ação polêmicas. Aliás, na minha opinião a grande “polêmica” deste filme reside no fato de não mostrar um pedófilo como um psicopata digno de cadeira-elétrica. Você até torce pelo personagem – um pedófilo, lembrem-se!!
A Deusa de 1967
Esteticamente impressionante, misturando o visual futurista de Tóquio com o deserto cheio de cores da Austrália. A história dos dois personagens vai se revelando ao longo do filme, que demonstra um estilo narrativo nem um pouco usual. Em alguns momentos parece que vai descambar nos típicos clichês de road movies, mas nada é o que parece neste filme.
A Estrela Solitária
Eu piro nos filmes do Win Wenders, pois a forma como ele ilustra suas histórias utilizando-se do fantástico visual do deserto do Oeste Norte-Americano é impressionante. E as histórias que ele conta neste cenário invariavelmente são excelentes. Aqui, um veterano ator de filmes de cowboy (Sam Shepard, fantástico no papel que ele mesmo criou – e que relutava em atuar!), desregrado e encrenqueiro por natureza, simplesmente abandona o set de filmagem na garupa de um cavalo da produção do filme e some do mapa. Daí vai descobrindo acontecimentos de sua vida que poderiam mudar o rumo de sua história pessoal. Poderiam... Destaque também para a trilha sonora, que eu estou até hoje procurando saber quem é que gravou aquelas músicas que são tocadas no filme – uma espécie de country-gótico de arrepiar!
Verão sem praia, trabalhando no escritório e vendo filmes longe do suor, hahahaha!!! Pelo menos alguma coisa eu estou acrescentando p/ mim sem suar tanto...
7 Comments:
Vi todos, com a exceção do "A Deusa de 1967" - aliás, um grande ano: quem esteve lá, sabe.
E Hollywood produz bons filmes na mesma proporção de (que) qualquer outra indústria cinematográfica.
E muito boas indicações, Kalunga.
Filmes que aliam sensibilidade, denúncia e sarcasmo.
porra caio, 1967 é o ano que vc nasceu, hehehehe...
sem eu perceber, foi isso aí mesmo que vc citou, sobre a lista em si. valeu!
1966, Kalunga...
eu não conheço a deusa de 1967, o que é? fiquei curiosa...
adorei o do almodóvar, também. adoro o humor (por que é que as pessoas acham que os filmes têm que ser tão sérios?) e sobretudo aquela idéia sempre ali de que cada um é dono de si, ninguém manda no outro (nem que queira). sabe do que eu tou falando, né? para o bem, para o mal, para o que não entra nessas categorias...
Nati, a sinopse do filme "Deusa de 1967" é mais ou menos assim: hacker-moderninho-urbanóide de Tóquio é fissurado num modelo de carro da Contröen chamado "Deusa" (Goddess) e descobre um exemplar do jeito que ele sempre sonhou em posse de uma família do interior da Austrália. Ele parte para lá para comprar o carro e a história toma rumos inesperados a todo momento. Um filme bonito e com uma estética visual impressionante, na minha humilde opinião, e que confronta duas realidades (japonesa e australiana) pra lá de distintas.
Bom, sobre o Almodóvar, eu penso que muita gente tem idéias errôneas sobre sua obra, ao passo que uma das mais acertadas é isso que vc comentou. E a pala do guri no final do filme pra mim é uma das melhores, hehehehe...
wings of desire é o filme da minha vida e é desse monstro!
Win Wenders é o cara!
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