Fidel está morrendo; Fidel talvez não veja o ano de 2007; não, Fidel, definitivamente, não é um Pinochetão. Seus erros são evidentes, claro. São imensos, claro. Mas as histórias são diferentes. Diferentes paca. Os meios eram outros. Os objetivos eram outros. Os sujeitos da história eram outros. Os povos eram outros. As condições eram outras. As circunstâncias eram outras. A paixão era outra. Sem querer nem de longe arranhar a superfície da Revolução Cubana - e nem mesmo utilizar minha parca vivência de um mês em Havana, em 2001 -, digo que o ar caribenho construiu este homem de outro material. Ainda que parte dos burros tenham dado n´água, a festa foi bonita, ó pá!
Pra fechar, fala o cara, não falo eu:
*"Então o governo americano arrogantemente pensa que pode ditar o rumo dos americanos que vivem abaixo de sua linha! Então devemos todos entregar as armas? Teu sangue rubro como nunca foi deve ser submisso? Teu povo deve temer teu governo? Digo não não aos EUA e ao seu povo, digo não apenas a um governo que nos pressiona em algo que temos em comum e que nos faz o senhor de nosso barro e de nossa terra: a dignidade! Pois se tu morres na entrega covarde, ó cubano, morre tua dignidade e teu pai e tua mãe! Não há solo justo sem que teu sangue esteja nele derramado conforme a tua vontade! Nos dois anos e meio de Sierra Maestra não quis pra mim nada além do que quis para vós! Se aqui morro, viverá em teu peito a gana de um país só teu!"
*Usei de minha memória para resgatar parte de um dos históricos discursos de Fidel nos anos 60. Se não fui literal - o que seria altamente improvável -, creio ter sido justo na reprodução de suas resoluções e certezas. Joguei nisto minhas lembranças, leituras e convicções.
5 Comments:
concordo, caio. muita coisa deu errada (e quem sou eu pra falar daqui?), mas a luta foi bonita.
ditador dos infernos!
a teoria é linda, mas a prática...
A prática é complexa e foge ao nosso círculo de compreensões.
caralho, sou só eu ou o Buaiz é a cara do Fidel bonachão mais novo...
concordo Caião, afinal de contas não somos um rebanho de ovelhas né!
sociedade coletiva inexiste.
abraço.
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