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Rock ERA rock mesmo.
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Trecho de entrevista do diretor Danny Boyle (“Trainspotting”, “Extermínio”, “Cova Rasa”) à Rolling Stone:
RS: Há algum filme ou história que você gostaria de dirigir?
DB: Durante as viagens para promover “Extermínio”, comecei a ler um livro incrível do escritor português José Saramago, o “Ensaio sobre a Cegueira”. Não consegui acreditar o quanto a história é parecida com a de “Extermínio”! Que livro maravilho! Adoraria fazer um filme baseado nele, mas ouvi falar que já estão trabalhando na adaptação [o brasileiro Fernando Meirelles foi escalado para a direção]. Saramago é genial, genial mesmo. Agora, estou lendo “O Evangelho segundo Jesus Cristo” e adorando.
Para mim melhor notícia impossível! “Ensaio sobre a Cegueira” é um de meus livros favoritos ao lado de “
O livro conta a história de um país fictício atingido por uma repentina cegueira branca, que começa com um motorista em pleno trânsito e se espalha por toda a nação. As vítimas são levadas para um asilo, onde testemunhamos os limites da degradação humana, ora como espectadores, ora como um dos diversos personagens cegos e sem nome que vivem em meio a dejetos humanos, à fome e ao desespero. Se já era desagradável imaginar os horrores que se passam dentro do asilo, como mortes e cenas de estupro protagonizadas por cegos, como será traduzir isso para as telas?
A história do livro é tão real que causou arrepios em todos os seus leitores ano passado, nos eventos que aconteceram no Superdome pós-Katrina. Como uma triste profecia com uma década de antecedência, fatos que no livro pareciam brutais se mostraram condescendentes frente aos horrores vividos pelos sobreviventes presos no ginásio. Assassinatos, gangues de estupradores, seres humanos revertendo a estados primais. Tudo isso em poucos dias de isolamento, com a diferença que desta vez, o mundo inteiro estava olhando.
Travis – The Boy with No Name
Antes do Coldplay arriscar seu primeiro disco o Travis já desfilava seu som doce de deixar a beira da morte qualquer diabético. A Bizz, pouco antes de sua penúltima morte, chegou a rotulá-los como os “últimos heterossexuais românticos”, o que caiu como uma luva para seu estilo. Então, veio o Coldplay de “mansinho” invadindo rádios, trilhas de novelas brasileiras e o inconsciente geral com sua grandiloqüência rockstar e pretensão de ser grande (plenamente alcançada) e o Travis foi injustamente esquecido pelo grande público e rebaixado a segundo escalão do rock britânico. Ainda assim – devo admitir – que o Travis sempre foi a minha preferida entre as duas bandas pelo simples motivo de me transmitir simpatia como também passava o Coldplay antes de adotar uma descabida arrogância que cabe bem a personalidades como o Oasis ou Echo & The Bunnymen, mas não a eles. Apesar de “Selfish Jean” ser bem agitadinha e longe do habitual estilo, o Travis nunca tentou nem parece ter pretensão de inovar seu som, que em seu caso acaba até sendo cansativo de início, mas a cada nova audição as melodias crescem em meu conceito. “The Boy with No Name” é provavelmente seu melhor trabalho desde o belíssimo “The Man Who” de 1996.
Ouça agora: “Big Chair”, “Closer” e “Eyes Wide Open”.
The Nightwatchman – One Man Revolution
Ouça agora: “Let Freedom Ring”, “The Road I Must Travel” e “One Man Revolution”.
Este é o momento certo da loucura que se esvai
voltar a realidade e vencer sem olhar para traz
A inveja e a falsidade nunca mais te atingirão
todos seus inimigos sua vingança sentirão
E assim sentir... ódio e nada mais
Viver feliz é ilusão e nada mais
Cercado de canalhas não pode raciocinar
ficar desesperado também não vai adiantar
o ódio lhe domina embrutece o coração
você esta preparado para enfrentar a solidão
Acabei de assistir 300. Ao ver o jornal de hoje fiquei na dúvida entre três filmes e escolhi 300 pelo horário, sugestões e pela reportagem de Arnaldo Jabor que li a uma semana.
Lembro que Jabor viajava demais na coluna, falava, falava (hoje ele escreveu um texto inteiro entre aspas, sendo que o detentor do conteúdo falava com ele, o Jabourzinho) e falava. Vai ver ele não capitou ou não entendeu, ou ficou passos à trás na idéia, como sempre. Como sempre fala do que já passou, do que já vimos, vomitando seus pontos de vistas de forma a tentar excitar-nos.
Alguém consegue imaginar Arnaldo Jabor dominando alguma parte da informática existente em sua própria casa? Aos que não conseguem eu recomendo 300, com ou sem expectativas.
Não sei como pôde vir a criticar tanto o filme
Chega uma hora que devemos parar, mudar, mandar A Gazeta tomar no cú, o chefe, falir, e Jabor fortalece essa idéia.
O bixo pegou quando o único, eu disse o único, elogio veio ao ator Rodrigo Santoro. Já não bastasse os insultos ao talento, ao poder de fogo de Tarantino que deu o ar da graça ao fim da matéria, Jabor não se conteve, tratou de lascar um dos elogios mais diretos que já vi. Não duvido que rolou telefonema de agradecimento.
O filme é merecedor de críticas, claro. Poder apelativo é um deles, é quase um erótico. Foi com isso que Jabor ficou mais encucado. E realmente, um exército de 300, todos com abdômen de espuma acústica e cueca só pode ser pegadinha pra jornalista/critico/cineasta/escritor/cantor (eu já vi)/histérico de bobeira. Fala sério que a Deusa Oráculo não nos deixou com uma vantagem de 30 mil espartas? Vá lá.
Mas não se pode descartar assim tão radicalmente as críticas do nosso salvador do Jornal Nacional. Ele deve ter visto coisa ali não tão facilmente vistas por nós, mortais, coisas incoerentes, curiosas e duvidosas, dignas de incompreensão. Como em uma cena de muito ódio durante a batalha que deve ter deixado muitos com cara de Amaral. Foi preciso o trailer do Homem Aranha 3 que antecedeu o filme para que eu pudesse entender a cena. Provavelmente Jabor não viu ao mesmo trailer.
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