Rock ERA rock mesmo.
segunda-feira, abril 30, 2007
domingo, abril 29, 2007
Todo rei tem seu dia de tirano. Chegou o de Roberto Carlos, feliz da vida de ter conseguido recolher das livrarias “Roberto Carlos em detalhes”, biografia que chegou à lista de mais vendidos, ao que me consta, mais pela riqueza de informações do que pela suposta torpeza de intenções ou oportunismo.
O livro, não li por absoluta falta de tempo. O autor, Paulo César Araújo, conheço bem. Não é meu amigo íntimo, mas o admiro pela seriedade com que faz tudo na vida - o que se percebe numa conversa e, melhor ainda, em “Eu não sou cachorro não”, um ensaio importantíssimo sobre o lugar do brega na nossa cultura musical “de elite”.
Pois o Paulo levou anos pesquisando este livro - eu trabalhava na Planeta quando o contrato foi fechado - e alguns outros mais escrevendo-o. Um personagem do livro que encontrei outro dia não gostou do que leu sobre si mesmo mas reconhece que, conforme se previa, o trabalho não se confunde com mexerico ou sensacionalismo.
A mim chocou a foto de Paulo na “Folha de S. Paulo”, olhos vermelhos de chorar, saindo da audiência em que enfrentou a empáfia de seu personagem, que se recusou até mesmo a considerar sua proposta de abrir mão de e direitos autorais e retirar do livro o que o Rei achou incômodo. O biógrafo achava que, mais importante, era a perpetuação da montanha de informações que reuniu e sistematizou sobre o maior cantor popular do Brasil.
Ainda segundo a “Folha”, os pontos que incomodaram Sua Majestade são o relato de um caso com a cantora Maysa, a descrição do trágico acidente que resultou na amputação de uma de suas pernas e a descrição da morte de sua mulher, Maria Rita. No jornal, há trechos das três passagens, nenhum deles que se possa considerar vulgar.
Nem vou discutir aqui as alterácões nas leis que praticamente inviabilizam a realização de qualquer biografia no país que não seja “autorizada”. Mais eloquente é a atitude de Roberto Carlos, que não merece ter tido como súdito Paulo Cesar Araújo.
Sai do trono ou não sai? Por mim, já foi.
Paulo Roberto Pires - nominimo.com.br
"You're missing" - Bruce Springsteen - "The Rising"
Shirts in the closet, shoes in the hall
Papa's in the kitchen, baby and all
Everything is everything
Everything is everything
But you're missing
Coffee cups on the counter, jackets on the chair
Papers on the doorstep, you're not there
Everything is everything
Everything is everything
But you're missing
Pictures on the nightstand, TV's on in the den
Your house is waiting, your house is waiting
For you to walk in, for you to walk in
But you're missing, you're missing
You're missing when I shut out the lights
You're missing when I close my eyes
You're missing when I see the sun rise
You're missing
Children are asking if it's alright
Will you be in our arms tonight?
Morning is morning, the evening falls I have
Too much room in my bed, too many phone calls
How's everything, everything?
Everything, everything
You're missing, you're missing
God's drifting in heaven, devil's in the mailbox
I got dust on my shoes, nothing but teardrops
sábado, abril 28, 2007
nuevo QOTSA
Los temas "3's & 7's", "Era Vulgaris" (tema que no formará parte del disco) y el single de adelanto "Sick Sick Sick" han sido ripeados y puestos en circulación en la red. El tema "Era Vulgaris" fue un regalo de Josh Homme a unos 50 fans con la condición de soltarlo a internet despues de una fecha. Las otras canciones formarán parte del sucesor de 'Lullabies to Paralyze' del 2005 y que saldrá a la venta el 12 de Junio de este año. Bajalos de los siguientes links antes que mueran.
Queens Of The Stone Age - 3's & 7's
Queens Of The Stone Age feat. Trent Reznor (Nine Inch Nails) - Era Vulgaris
Queens Of The Stone Age feat. Julian Casablancas (The Strokes) - Sick Sick Sick
Chinês desconhecido pára sozinho os tanques do exército, Praça da Paz (?) Celestial, 1989. Sua identidade nunca foi revelada. Seu movimento, acompanhando os tanques que dele tentavam se desviar, marcou o século XX. Um homem, sozinho e desarmado. Eu me lembro com perfeição da cobertura jornalística e do comentário geral rua afora: "Não é possível!". Seria mais fácil ficar longe e nada fazer. Ele foi até lá. E um país de mais de um bilhão de habitantes nunca mais foi o mesmo. Foda é pouco pra isso.
Marcadores: u
sexta-feira, abril 27, 2007
Ensaio sobre a Cegueira
Trecho de entrevista do diretor Danny Boyle (“Trainspotting”, “Extermínio”, “Cova Rasa”) à Rolling Stone:
RS: Há algum filme ou história que você gostaria de dirigir?
DB: Durante as viagens para promover “Extermínio”, comecei a ler um livro incrível do escritor português José Saramago, o “Ensaio sobre a Cegueira”. Não consegui acreditar o quanto a história é parecida com a de “Extermínio”! Que livro maravilho! Adoraria fazer um filme baseado nele, mas ouvi falar que já estão trabalhando na adaptação [o brasileiro Fernando Meirelles foi escalado para a direção]. Saramago é genial, genial mesmo. Agora, estou lendo “O Evangelho segundo Jesus Cristo” e adorando.
Para mim melhor notícia impossível! “Ensaio sobre a Cegueira” é um de meus livros favoritos ao lado de “
CTRL+C, CTRL+V:
O livro conta a história de um país fictício atingido por uma repentina cegueira branca, que começa com um motorista em pleno trânsito e se espalha por toda a nação. As vítimas são levadas para um asilo, onde testemunhamos os limites da degradação humana, ora como espectadores, ora como um dos diversos personagens cegos e sem nome que vivem em meio a dejetos humanos, à fome e ao desespero. Se já era desagradável imaginar os horrores que se passam dentro do asilo, como mortes e cenas de estupro protagonizadas por cegos, como será traduzir isso para as telas?
A história do livro é tão real que causou arrepios em todos os seus leitores ano passado, nos eventos que aconteceram no Superdome pós-Katrina. Como uma triste profecia com uma década de antecedência, fatos que no livro pareciam brutais se mostraram condescendentes frente aos horrores vividos pelos sobreviventes presos no ginásio. Assassinatos, gangues de estupradores, seres humanos revertendo a estados primais. Tudo isso em poucos dias de isolamento, com a diferença que desta vez, o mundo inteiro estava olhando.
Últimos Heterossexuais Românticos
Travis – The Boy with No Name
Antes do Coldplay arriscar seu primeiro disco o Travis já desfilava seu som doce de deixar a beira da morte qualquer diabético. A Bizz, pouco antes de sua penúltima morte, chegou a rotulá-los como os “últimos heterossexuais românticos”, o que caiu como uma luva para seu estilo. Então, veio o Coldplay de “mansinho” invadindo rádios, trilhas de novelas brasileiras e o inconsciente geral com sua grandiloqüência rockstar e pretensão de ser grande (plenamente alcançada) e o Travis foi injustamente esquecido pelo grande público e rebaixado a segundo escalão do rock britânico. Ainda assim – devo admitir – que o Travis sempre foi a minha preferida entre as duas bandas pelo simples motivo de me transmitir simpatia como também passava o Coldplay antes de adotar uma descabida arrogância que cabe bem a personalidades como o Oasis ou Echo & The Bunnymen, mas não a eles. Apesar de “Selfish Jean” ser bem agitadinha e longe do habitual estilo, o Travis nunca tentou nem parece ter pretensão de inovar seu som, que em seu caso acaba até sendo cansativo de início, mas a cada nova audição as melodias crescem em meu conceito. “The Boy with No Name” é provavelmente seu melhor trabalho desde o belíssimo “The Man Who” de 1996.
Ouça agora: “Big Chair”, “Closer” e “Eyes Wide Open”.
FOLK AGAINST THE MACHINE
The Nightwatchman – One Man Revolution
Ouça agora: “Let Freedom Ring”, “The Road I Must Travel” e “One Man Revolution”.
Sentir Ódio e Nada Mais
Ratos de Porão
Este é o momento certo da loucura que se esvai
voltar a realidade e vencer sem olhar para traz
A inveja e a falsidade nunca mais te atingirão
todos seus inimigos sua vingança sentirão
E assim sentir... ódio e nada mais
Viver feliz é ilusão e nada mais
Cercado de canalhas não pode raciocinar
ficar desesperado também não vai adiantar
o ódio lhe domina embrutece o coração
você esta preparado para enfrentar a solidão
Viver feliz é ilusão e nada mais
Ao som de: Ratos de Porão - Sentir Ódio e Nada Mais ; RDP Ao Vivo
sou idiossincrático, ranzinza, cri-crizaço, temperamental, (muitas vezes) arrogante, ditador, brigão, chato, pé no saco, polêmico, sorumbático, invejoso, piegas, o diabo etc etc etc (e botem etc nisso!).
Mas aturar cafajestices, mesmo assim, não. Pois, apesar de todas essas minhas qualidades (negativas) áí de cima, cafajeste não sou. E só tenho a vontade de rir ou
esfolar alguém, por vezes. Na noite de ontem tive ambas. De esfolar uma pessoa vagabunda que é capaz de jogar pro alto o nome de alguém que mal conhece, gratuitamente, de modo baixo e vil (bem no seu nível). Mas vagabundos agem assim mesmo, paciência. Melhor rir e deixar passar (a outra opção é descer a lenha mais do que desci, mas não vale a pena).
E o outro lance envolve uma tribo de gente (?) que acha que caga regra por aqui, só por deter o comando de uma dúzia de festas descoladas, naquele estilo "tenho o convite pra festa tal e por isso posso...". Hahahahaha, questão nenhuma, e se fizesse pagaria sem o menor problema. O que pega é a afetação e a importância desmedida que a pessoa dá a si mesma.
Fodam-se, e com força.
O mais baixo é a covardia. Porque neguim tá sempre com uma galera baba-ovo segurando a onda, e meus estresses faço a questão de segurar sozinho. E não tô nem aí. Bando de cagões.
A gente se esbarra na rua. Podem esperar.
quinta-feira, abril 26, 2007
Putada no rock
Sem muito animo de escrever.
Como não to conseguindo e nem to com paciencia de ficar postando as fotos nesse fudido sistema do blogger, que supostamente passou por melhorias, eu vou postar o link prum diretório onde eu mando minas fotos.
EIS O CAMINHO!
Ao som de: Danzig - Dirty Black Summer ; Danzig III - How gods kill
quarta-feira, abril 25, 2007
"Foi chocante quando entrei no site oficial da banda hoje, indicada por uma amiga que tinha visto a notícia, e li aquele texto de despedida. Desde o último show, eu e minha irmã esperamos ansiosamente o novo CD, contando os dias, imaginando se eles ainda estão confinados produzindo - como no making of que vimos no DVD do Cine Iris - ou se já estão gravando e com tudo quase pronto, esperando pra puxar o gatilho. Assistimos "Liberdade" no YouTube, trilha de filme, só pra matar a saudade. E, de repente, uma mensagem de "até logo". Não sei ainda o que pensar. Não sei se eles voltam e não sei em quanto tempo, essa é a maior preocupação. É possível que os caminhos dos integrantes sejam mesmo tão diferentes que eles não se reúnam mais - "é.. pode ser que a maré não vire", como eles mesmos dizem. Enfim, meu 2007 vai ser um pouco pior agora. Pelo menos teremos ainda os shows na Fundição e muito pensamento coletivo pra que tudo se aranje e tenhamos logo o nosso "5" - e nossos barbudinhos queridos todos juntos novamente."
OBS: eu nem comentaria, pois acho que o texto babão fala por si só, mas não resisto: nasce um otário a cada minuto no mundo, gente infantilizada que ainda se martiriza por conta do fim de uma banda. Pode acabar a banda que quiser, cago e ando, por mais que goste dela. Há coisas muito mais relevantes por aí e os discos tão ali pra que vc os escute quando a vontade pintar. Então, FODA-SE!
E ler um livro ninguém quer, porra!
God Save the Queen
Acabei de assistir 300. Ao ver o jornal de hoje fiquei na dúvida entre três filmes e escolhi 300 pelo horário, sugestões e pela reportagem de Arnaldo Jabor que li a uma semana.
Lembro que Jabor viajava demais na coluna, falava, falava (hoje ele escreveu um texto inteiro entre aspas, sendo que o detentor do conteúdo falava com ele, o Jabourzinho) e falava. Vai ver ele não capitou ou não entendeu, ou ficou passos à trás na idéia, como sempre. Como sempre fala do que já passou, do que já vimos, vomitando seus pontos de vistas de forma a tentar excitar-nos.
Alguém consegue imaginar Arnaldo Jabor dominando alguma parte da informática existente em sua própria casa? Aos que não conseguem eu recomendo 300, com ou sem expectativas.
Não sei como pôde vir a criticar tanto o filme
Chega uma hora que devemos parar, mudar, mandar A Gazeta tomar no cú, o chefe, falir, e Jabor fortalece essa idéia.
O bixo pegou quando o único, eu disse o único, elogio veio ao ator Rodrigo Santoro. Já não bastasse os insultos ao talento, ao poder de fogo de Tarantino que deu o ar da graça ao fim da matéria, Jabor não se conteve, tratou de lascar um dos elogios mais diretos que já vi. Não duvido que rolou telefonema de agradecimento.
O filme é merecedor de críticas, claro. Poder apelativo é um deles, é quase um erótico. Foi com isso que Jabor ficou mais encucado. E realmente, um exército de 300, todos com abdômen de espuma acústica e cueca só pode ser pegadinha pra jornalista/critico/cineasta/escritor/cantor (eu já vi)/histérico de bobeira. Fala sério que a Deusa Oráculo não nos deixou com uma vantagem de 30 mil espartas? Vá lá.
Mas não se pode descartar assim tão radicalmente as críticas do nosso salvador do Jornal Nacional. Ele deve ter visto coisa ali não tão facilmente vistas por nós, mortais, coisas incoerentes, curiosas e duvidosas, dignas de incompreensão. Como em uma cena de muito ódio durante a batalha que deve ter deixado muitos com cara de Amaral. Foi preciso o trailer do Homem Aranha 3 que antecedeu o filme para que eu pudesse entender a cena. Provavelmente Jabor não viu ao mesmo trailer.
terça-feira, abril 24, 2007
R$9,90
Comentário de Francisco Campos - nominimo.com.br
Obs: o comentário mais lúcido que li a respeito do massacre no campus.
Comentário um: que peeeeeeeennnnnaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!
Comentário dois: que tudo de ruim possa acontecer e aconteça com o insuportável, escroto, ridículo, abjeto e seboso Rodrigo Amarante.
Já vai tarde.
Joey Ramone
Eu já disse aqui que o AC/DC é a melhor banda de rock do mundo de todos os tempos? Eu já disse aqui que essa é a banda de rock mais burra e estúpida de todos os tempos? Eu já disse aqui que o Bon é o vocalista mais ridículo e fodão e ducaralho de todos os tempos e que os irmâos Young e todo o resto da banda tocam muito e não fazem firula nenhuma pra isso? Eu já disse aqui que vi dois shows da banda e surtei porque o show desses caras é o melhor show de rock do mundo?
Pois se não disse - e acho que já disse - tô dizendo agora.
E esse disco - Highway to Hell - é melhor que qualquer disco dos Beatles e dos Stones e do Led e do The Who e do Queen e qualquer outra bosta de merda.
AC/DC é Pai!
segunda-feira, abril 23, 2007
A inauguração foi em verdade o fim (o cume, o ápice, o alto do monte roqueiro) de festa da última festa válida do Laricão. Estavam lá todos, queiram ou não: os vivos, os mortos e os morto-vivos. Não era permitida a falta, e ninguém faltou. Namorados aturavam-se maravilhosamente, enroladinhos de planta boa corriam de mão para mão, cervejas quentes e menos quentes e até muito geladas escorriam das bocas grandes, Brian Johnson esmurrando Ozzy que lambia a bunda de Robert Plant. A calçada tremia, jogava para o sacode e recebia de volta a omelete humana. Foi bonita a festa, ô pá!, bonita de estar lá. Russo tinha um sorriso de 64 dentes, esfuziante. Estava rolando, era real e ali. A porra do medo de que a coisa miasse tinha ido pro saco, valia a pena de novo, valia a pena brigar por aquilo e suar por aquilo. Era foda, barato, perto, foda de novo, pesado e voador como um rinoceronte com as asas de nossas cabeças. Corríamos como nunca, éramos a parte solta de um mundo despirocado e deslocado do velho eixo. Não era a badalação boateira nem a praia lotada; não era o nheco-nheco do Beco nem a cuzice do calçadão; não era a marra vazia dos shows de verão nem os paraísos de plástico das raves. Era a pilantragem pura e malaca, safada e cheia de ginga com e sem a bola nos pés. Era mais uma vez a noite de 24 horas, sem os relógios nos pulsos.
- porra, cê chega assim neles, quer o quê?
- assim como? gostosa?
- gostosa pra caralho, porra.
- eu só queria dançar. você, por exemplo, teria a decência de se comportar.
- me inclua fora dessa.
- hahahahahahahaaha você também quer me comer?
- porra.
- cê acha, nati, que as minhas coxas são gostosas?
- hmmm...
- ...
- caralho.
- caralho.
- se eu contar pros meninos, porra.
- foda-se.
- fodam-se.
domingo, abril 22, 2007
______________
Ao som de: Orange blossom special; Wanted man e Long black veil.
Engraçado, já teve gente vindo chorar aqui tempos atrás. Gente com mágoas, decepções, saudades, frustrações várias, dores de cotovelo, afastamentos, raivas, amores perdidos, inflamações do coração, rocks desesperados, sorrisos, promessas, afetos, afeições, brados de guerra etc. Ou seja, tudo aquilo pelo qual todos passamos, claro. Nenhum problema, nada mais natural. O foda é suportar o escarro na louça. Mas beleza, é só levar o prato cuspido até a pia e mandar a água nele. Fica limpinho que é uma beleza.
sábado, abril 21, 2007
O rock anda tão afrescalhado hoje em dia, cheio de poses, exigências, altos padrões técnicos, chiliques, bichices, afetações, empresários de merda, fãs cagões... Um pouquinho do titio Bon pra lembrar que o rock é coisa pra quem tem aquela maldita palavrinha: ATITUDE.
Você saca aquele momento em que todas as cartas boas parecem estar em suas mãos, a aposta é alta e você peita o risco? Alguma coisa está a lhe dizer que é besteira, já deu errado outa vez etc, mas ainda assim você paga pra ver e quebra a cara, não a banca?
Pois é, Buaiz: quebramos a cara e a banca levou tudo, mais uma vez.
Mas foi a última vez, mesmo. Esta nossa jangada de pedra não pegará mais nenhum náufrago, por mais que ele grite e peça socorro.
sexta-feira, abril 20, 2007
Radical total
quinta-feira, abril 19, 2007
Assustador ao extremo, e justamente por ser absolutamente humano. Na boa, por umas três vezes tive que me levantar da cadeira, muito incomodado. Roteiro, atores (que atores!) e direção excepcionais. Pra cabeças pensantes e estômagos (MUITO) fortes. Uma obra-prima moderna. Lançado em nossos cinemas no fim do ano passado e agora nas locadoras. Prepare-se pro impacto. ES-PE-TA-CU-LAR é pouco.
Estava observando outro fenômeno orkuteiro: o recado indireto, aquela mensagem que alguém deixa no perfil de um(a) fulano(a) para que o(a) beltrano(a) leia. Exemplo: "Cicrano, que bom que você passou aqui em casa às 22h para irmos juntos ao cinema. Melhor ainda foi a nossa esticada até a boate, onde dançamos juntinhos a noite toda. E fechamos com chave de ouro, não? Muito bom dormir pertinho de você. Beijão, fofo!"
Hahahahahahahaha, intenção mais explícita que essa, impossível!
os garotos de jesus, o zeppelin e o cão chupando manga
A união da insana discípula do coisa-ruim Diamanda Galás com o talentosíssimo e subestimado John Paul Jones é redentora da alma, dá pra questionar quem realmente era a alma criativa do Led Zeppelin ouvindo estes arranjos sensacionais. Já os filhos de pastor e discípulos de southern rock Kings of Leon realmente mostram que são bem inspirados como já cantou a pedra os colegas Caio e Kalunga.
quarta-feira, abril 18, 2007
Sutilezas da vida moderna
Uma vez me disseram que os bons tempos estariam voltando.
Eis um policial se preparando para mais uma missão.
História real.
Ao som de: Masters of Reality - A Wish For a Fish; Deep in the Hole
Jogando: Heroes of Might and Magic IV
Kalunga
Paulinho Ramone
Lacaio
Buaiz
Kalango
Maércio
Lemmy
Tourco
terça-feira, abril 17, 2007
Discos da Semana (que apenas começou)
PS: a trilha de "Duna", estréia de David Lynch na direção (filme bem mazomenos) eu peguei sob indicação do vocalista da banda emo My Chemical Romance que considera um de seus discos favoritos. Estranhei a ligação e fui atrás. Bom gosto o rapaz tem, só não sabe por em prática.
Sonhos, carros e quem sabe, muita falta do que fazer...
De uns tempos pra cá meu sonho de consumo também tem sido uma Kombi, segue umas fotos dela aí.
Jogando: Super Mario Bros.
Ao som de: The Cult - Electric Ocean; Electric
Estar de costas pro muro e não de frente pra ele.
"Six words: drop out, turn on, then come back and tune it in... and then drop out again, and turn on, and tune it back in... it's a rhythm... most of us think God made this universe in nature-subject object-predicate sentences... turn on, tune in, drop out... period, end of paragraph. Turn the page... it's all a rhythm... it's all a beat. You turn on, you find it inside, and then you have to come back (since you can't stay high all the time) and you have to build a better model. But don't get caught - don't get hooked - don't get attracted by the thing you're building, cause... you gotta drop out again. It's a cycle. Turn on, tune in, drop out. Keep it going, keep it going... the nervous system works that way... gotta keep it flowing, keep it flowing..."
Timothy Leary (October 22, 1920 - May 31, 1996)
É extremamente fácil e desonesto estereotipar e caricaturar (ridicularizar, enfim) um movimento, um ativismo e/ou uma sucessão de princípios. A (Nova) Contracultura (a Nova Esquerda) que explodiu mundialmente nos anos 60 se presta a esse tipo de função/papel desde então, não sem dar a sua dose de esforço pra que isso ocorra. Mas suas propostas ainda são de ponta e válidas, ou alguém que publica neste blog ou simplesmente o lê é capaz de recusar a liberdade sexual (ou amor livre, nada mais/nada menos que o sexo fora das amarras do casamento ou de uma relação estável e aprovada pela massa da sociedade), a tolerância para com as diferenças (raciais, culturais, sexuais, políticas, ideológicas, filosóficas), a luta ecológica, a mudança nas relações de poder, a defesa das minorias em todos os seus campos, a expansão da consciência e o revalorização da subconsciência, a discussão aberta e sem hipocrisia das drogas, o debate das relações familiares caretaças, o controle das armas, os sinceros projetos comunitários, o desbunde como plataforma política pessoal e tanta coisa mais que não se perdeu na poeira do tempo. Sair do lugar comum e desconfiar fortemente das imagens distorcidas que nos são passadas; iniciar o questionamento dos parâmetros - quem decide o que é válido culturalmente? Contracultura é a subversão das expectativas, dos objetivos e dos projetos. Ligue-se, sintonize-se, caia fora.
Li o livro que o inspirou 12 anos atrás. Conheço bem a história do pelegão Luís Carlos Prestes (aquele que tinha por hábito "esquecer" em seus aparelhos cadernetas e documentos que derrubavam militantes aos montes), e havia resistido a qualquer desejo de ver o filme em função do massacre de propaganda a que fomos submetidos. Tinha medo da locação, pavor da bomba que se anunciava. Ontem resolvi assisti-lo, via Rede Globo.
Agora posso afirmar sem medo: "Olga" é certamente o pior filme que já vi em toda a minha vida. E já vi dezenas de tranqueiras por aí. Perto dele, "Pearl Harbor" pode reinvidicar uma pancada de prêmios. Terrível.
Os diálogos são risíveis, as afirmações empostadas como no pior teatro amador, quase todo o elenco atua em uma faixa bem abaixo do medíocre (a coitada da Fernanda Montenegro parece pedir ao diretor que a tire dali, correndo), a trilha mais que banal é onipresente e cresce nos momentos menos indicados, a fotografia estoura quando não deve (a cena da primeira noite de sexo - sexo? - do casal de protagonistas parece ter sido tirada de alguma seqüência não aproveitada de "Cocoon"), o roteiro arrasa o livro ao arranhar o contexto histórico (quem não manja aquele período bóia como bosta em água), a edição é primária (meu Deus!, cada corte parece iniciar uma outra história!), os figurinos são escandalosamente inverossímeis (quem já viu fotos de Luís Carlos Prestes sabe que ele jamais envergou ternos tão alinhados quanto aqueles) etc...
A direção de Jayme Monjardim e a preparação do elenco merecem destaque: ninguém parece ter a menor idéia do que está fazendo em cena, de que trata o livro e que história está sendo contada (?). Podemos "ouvir" o roteiro em cada cena: "Agora olhe para o horizonte com o olhar firme", "Toque o cabelo dele suavemente", "Abrace-a, feche os olhos e abra-os lentamente, apertando-lhe as costas", "Vá até o meio da sala e pare: parada, abra bem os braços e cerre as mãos"... Ridículo é pouco. Prêmio Abacaxi de Ouro para a mais que péssima Camila Morgado, que faz uma Olga robótica e hilária, capaz de declarações definitivas e pungentes até mesmo ao pedir um café sem açúcar.
Duvido que seja capaz de viver e ter a oportunidade de ver uma película tão ruim quanto essa. Pra assistir e dar gargalhadas. Parabéns, Jayme: você conseguiu construir a obra-prima absoluta e eterna do lixo cinematográfico nacional.
Marcadores: ue
segunda-feira, abril 16, 2007
dominoes
it's an idea, someday
in my tears, my dreams
don't you want to see her proof?
life that comes of no harm
you and I, you and I and dominoes, the day goes by...
you and I in place
wasting time on dominoes
a day so dark, so warm
life that comes of no harm
you and I and dominoes, time goes by...
fireworks and heat, someday
hold a shell, a stick or play
overheard a lark today
losing when my mind's astray
don't you want to know with your pretty hair
stretch your hand, glad feel,
in an echo for your way.
it's an idea, someday
in my tears, my dreams
don't you want to see her proof?
life that comes of no harm
you and I, you and I and dominoes, time goes by
and by, and by...
..:. dominoes - syd barrett .:..